O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje, em Peniche, que a Assembleia da República é livre de escolher cinco membros do Conselho de Estado, o órgão consultivo do Presidente da República.

“A Assembleia República é livre de escolher cinco membros do Conselho de Estado e o Presidente da República escolhe cinco membros do Conselho de Estado e, se os portugueses entenderem dar-me o voto para que eu seja Presidente, eu escolherei cinco membros do Conselho de Estado”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o candidato às eleições de 24 de janeiro de 2016, que falava em Peniche após a apresentação de mais um volume da biografia política de Álvaro Cunhal escrita pelo comentador e historiador Pacheco Pereira, “o Presidente da República nunca se envolveu na escolha da Assembleia da República, a Assembleia da República deve livremente escolher qual o critério para designar os conselheiros de Estado”.

Marcelo Rebelo de Sousa escudou-se a pronunciar-se sobre a discussão acerca dos nomes escolhidos para o Conselho de Estado refletirem a nova correlação de forças no parlamento.

Hoje, o líder parlamentar do PS assumiu ter comunicado ao maior partido da oposição, o PSD, a necessidade de a lista de nomes do parlamento para o Conselho de Estado ser representativo da nova correlação de forças no hemiciclo.

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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Carlos César defendeu uma solução final “agrade ao maior número possível de interlocutores”, quando questionado sobre se BE e PCP podem vir a ter elementos no rol de candidatos.

Pelo PSD, fonte da bancada parlamentar vincou que o partido está disponível para manter a tradição da maior bancada indicar três dos cinco nomes: nesse sentido, o PSD é a força política com mais deputados no parlamento: 89, contra os 86 do PS.

Mesmo se o PS se juntar ao Bloco, continuará a precisar sempre de mais deputados para enfrentar uma lista que junte por sua vez PSD e CDS-PP, adverte a mesma fonte.

PSD e CDS-PP juntam no total 107 deputados e uma eventual lista apresentada pelo PS (86 parlamentares) e pelo BE (mais 19) juntaria 105 deputados, pelo que seria sempre necessário os socialistas trazerem para a equação os demais deputados de PCP (15) e/ou Os Verdes (dois), mais o PAN (um).