O Presidente francês, François Hollande, admitiu que persistem as dificuldades para alcançar um acordo mundial contra as alterações climáticas, especialmente ao nível do financiamento.

O chefe de Estado falava durante uma receção no Palácio do Eliseu (sede da Presidência francesa) com as autoridades religiosas envolvidas na luta contra o aquecimento global, a pouco mais de 24 horas do encerramento da 21.ª Cimeira do Clima da ONU (COP21), a decorrer em Le Bourget, perto de Paris.

“É muito importante nesta fase final [da cimeira] que possamos recordar aos negociadores porque estão aqui. Não estão aqui apenas em nome dos seus Estados, nem da história do seu continente, nem para exigir justiça para uns ou prolongamentos para outros”, afirmou Hollande, referindo que existem resistências sobre as questões de financiamento inerentes aos prejuízos e aos danos provocados pelas alterações climáticas.

O Presidente francês frisou que os representantes dos 195 países e da União Europeia (UE) estão na COP21 para “resolver o futuro do planeta”, uma responsabilidade “da qual não podem fugir”.

O mais recente esboço do acordo final da Cimeira do Clima, divulgado na quarta-feira, adota uma formulação defendida por potências como os Estados Unidos, Índia ou China, alguns dos principais emissores de gases de efeito de estufa a nível mundial.

Estas potências pretendiam a eliminação de um artigo (o artigo 17) que introduzia o caráter vinculativo, com base em termos legais, dos compromissos de redução de emissões de gases assumidos por cada país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês e presidente da COP21, Laurent Fabius, afirmou entretanto que um novo esboço do texto final será divulgado ainda hoje, esperando que o acordo final seja adotado antes das 17:00 (hora de Lisboa) de sexta-feira, o último dia da cimeira.

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