A coligação militar internacional liderada pelos Estados Unidos terá morto o responsável financeiro do autoproclamado Estado Islâmico, Abu Salah, num ataque ocorrido no passado mês de novembro.

Para além de Salah, também outros dois oficiais seniores da organização terrorista terão sido abatidos. Citado pelo Financial Times (FT), o porta voz da coligação liderada pelos Estados Unidos, Steve Warren, explicou que este era “um dos membros mais antigos e experientes da rede financeira (do Estado Islâmico) “. Mais do que isso, Warren informa também que este autêntico “ministro das finanças” jihadista foi o terceiro oficial financeiro do grupo a ser morto nos últimos três meses: Abu Maryam e Abu Wakman al-Tunisi, responsáveis por atividades de extorsão, serão outros dois membros do ‘daesh’ abatidos recentemente.

“Matá-lo a ele e aos seus antecessores atinge o conhecimento e capacidades necessárias para coordenar o financiamento dentro da organização”, explica Warren. Segundo explica ainda o FT o verdadeiro nome de Abu Salah seria Muafaq Mustafa Mohammed al-Karmoush.

Estes ataques fazem parte da estratégia de combate ao Estado Islâmico que tem como um dos objetivos principais cortar as vias de financiamento da organização jihadista, numa altura em que o Departamento do Tesouro americano revelou que uma parte significa dos 500 milhões de dólares ganhos pelo ‘daesh’ resultaram de comércio direto com o regime de Bashar al-Assad.

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Sobre esta matéria, Adam Szubin, atual subsecretário para o terrorismo e para a inteligência financeira, explica que o Estado Islâmico saqueou ainda entre 500 milhões a mil milhões de dólares dos cofres bancários na Síria e no Iraque tendo ganho, para além disso, “muitos mais milhões” através da extorsão a populações locais.

No entanto, é referido também que os bombardeamentos perpetuados contra as infraestruturas de petróleo da organização têm provocado um recuo significativo na estratégia de financiamento jihadista.

Citado pela Reuters, Szubin diz que o ISIS tem estado a “vender grandes quantidades de petróleo ao regime de Assad” e que “os dois estão a tentar matar-se um ao outro e ainda estão envolvidos em comércio de milhões e milhões”. Para além disto, o americano diz também que existem informações que dão conta que parte deste petróleo entra também na Turquia e em algumas regiões curdas.

Sobre as baixas entre militantes do Estado Islâmico, Steve Warren revela ainda que os ataques das forças da coligação mataram cerca de 350 combatentes nos últimos dias em Ramadi, o que representa quase metade das forças jihadistas que controlam a cidade iraquiana.