A organização humanitária Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que a coligação liderada pela Arábia Saudita que ataca huthis no Iémen bombardeou várias escolas nos últimos meses. A coligação atacou pelo menos cinco centros educativos entre agosto e outubro de 2015, provocando cinco mortos e 14 feridos, entre os quais quatro menores, segundo uma investigação divulgada pela AI.

“Apesar dos alunos não estarem no interior das escolas durante os ataques, as bombas destruíram os centros, o que terá consequências a longo prazo para as crianças”, salienta, em comunicado, a AI.

A Amnistia Internacional recordou que o ataque a edifícios públicos e não militares é uma “flagrante violação da legislação internacional”. “As escolas são essenciais para a vida civil. Devem ser um local seguro para as crianças. São os menores iemenitas que vão pagar o preço dos ataques”, refere a organização.

Os países do Conselho de Cooperação do Golfo e outros estados árabes, liderados pela Arábia Saudita, lançaram, em março, uma ofensiva no Iémen, com o apoio do Presidente iemenita, Abdo Rabu Mansur Hadi, contra os rebeldes huthis.

O Iémen vive uma crise política desde 22 de janeiro, na sequência da renúncia do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi e do seu Governo, dois dias depois da milícia xiita “huthis” assumir o controlo do palácio presidencial.

Os “huthis” já assumiram o controlo de sete províncias do país, mas a ONU considera Abd Rabbo Mansur Hadi como o “Presidente legítimo” do Iémen.

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