Marchas pelo clima vão realizar-se hoje em Lisboa, Porto e Faro, como em outras cidades do mundo, para reivindicar “respostas concretas e eficazes” para resolver a crise climática e ambiental, com justiça.

No dia em que está previsto terminar a conferência das Nações Unidas para o clima, que reuniu representantes de 195 países mais a União Europeia, em Paris, durante duas semanas, as organizações ambientalistas internacionais não foram autorizadas a realizar manifestações na cidade francesa, devido às regras de segurança em vigor desde os atentados de 13 de novembro que provocaram 130 mortos.

Mas, por todo o mundo estão agendadas marchas a alertar para a necessidade urgente de definir e concretizar medidas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, como já aconteceu na véspera da abertura da conferência de Paris.

Como não podemos estar em Paris, ambientalistas, cientistas, ativistas e artistas de Portugal juntaram-se para organizar em Lisboa, Porto e Faro marchas e manifestações, sendo esperada uma participação com “pelo menos a mesma dimensão da iniciativa de 29 de novembro”, disse à agência Lusa um dos promotores, João Camargo.

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Para este organizador, a participação naquela marcha, em Lisboa, “foi bastante significativa, atendendo a que se trata de um tema que só começou a entrar na sociedade portuguesa há pouco tempo”.

Os manifestantes juntam-se na praça Marquês de Pombal, cerca das 15:00, depois descem a avenida da Liberdade e concentram-se no Rossio, onde estão previstas várias intervenções de organizações como a Plataforma Algarve Livre de Petróleo, o movimento Não ao Tratado Transatlântico, o movimento Vamos Salvar o Jamor ou a Plataforma Salvar o Tua, que reúne entidades como o GEOTA, a Quercus, a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) ou a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

À mesma hora, os defensores do clima encontram-se no largo do Terreiro, no Porto, e no Parque Ribeirinho, em Faro, para “um protesto que é também uma alternativa”.

“Está nas nossas mãos empurrar para a frente alternativas credíveis para um planeta climaticamente seguro e com futuro para todas as gerações vindouras”, refere uma informação da organização, que defende a distribuição justa de responsabilidades e metas.

Os defensores do clima e do ambiente pedem “uma alternativa que corrija muitas das injustiças históricas que fazem com que hoje sejam os países mais pobres e que menos contribuíram para as alterações climáticas aqueles mais ameaçados pelos seus efeitos”.

António-Pedro Vasconcelos, Boaventura Sousa Santos, Capicua, D. Januário Torgal Ferreira, Eugénio Sequeira Filipe Duarte Santos, Francisco Ferreira, Francisco Louçã, Gil Penha-Lopes, Henrique Furtado, João Camargo, João Cravinho, João Joanaz de Melo, Luís Varatojo, Luísa Schmidt, Pilar del Rio, Sérgio Godinho ou Viriato Soromenho-Marques são alguns dos apoiantes da iniciativa.