O líder do CDS-PP enviou hoje em Peniche um recado aos partidos de esquerda para se deixarem de utopias e se ocupem da realidade do país, lembrando que o comunismo e os regimes totalitários do século XX nasceram de utopias.

“Deixem a utopia aos revolucionários e ocupem-se da realidade, de melhorar a vida da vossa geração e servir melhor o vosso país como se faz em qualquer país da Europa ocidental, progredindo passo a passo, procurando acordos e negociando”, disse Paulo Portas, num recado para a maioria parlamentar de esquerda.

O líder do CDS-PP, que falava no encerramento do Congresso da Juventude Popular, lembrou que “foi em nome da utopia que se fizeram os piores totalitarismos do século XX, que nasceram o comunismo, o nazismo, o comunismo, que destruíram a liberdade e a vida de dezenas de milhões de seres humanos.”

Lembrando a “obsessão” pelo défice, de que era acusado o anterior Governo PSD/CDS-PP, o ex-vice-primeiro-ministro afirmou que não só não era uma obsessão, nem uma opção de ideologia, mas antes uma necessidade como “o PS agora reconhece”, ao afirmar que “ter um défice abaixo dos 3% é importante para a credibilidade de Portugal”.

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“Eu acho que fazem bem em fazer essa opção”, disse Paulo Portas, segundo o qual o Governo de que fez parte deu o seu contributo para esse objetivo ao longo dos últimos 11 meses.

“Faltam menos de 20 dias para o ano terminar. Depois de acautelar o pagamento dos salários, das pensões e dos fornecimentos essenciais, deixámos mais do que um doze avos para o último mês. [Os socialistas] só precisam de ser cuidadosos”, rematou.

Analisando os rankings nacionais das escolas, divulgados no sábado, o líder do CDS-PP questionou “como é possível [a esquerda] tentar a enganar as pessoas a dizer que o centro-direita tentou desmantelar a escola pública”, se “as escolas propriedade do Estado evoluíram positivamente, tendo até globalmente alguns dos melhores resultados dos últimos anos”.

O Congresso da Juventude Popular elegeu o novo líder dos jotas, Francisco Rodrigues dos Santos.