Quem gosta de viajar e elege o avião como meio de transporte, gosta de pagar o menos possível pela viagem. E, para muitos destinos, já se pode escolher uma companhia low cost. Para os restantes, e em especial para viagens de longo curso, adquirir um bilhete mais barato implica reservar a viagem com antecedência e escolher um lugar em classe económica. Mas nem todos os lugares de classe económica custam o mesmo: os mais apetecíveis custam mais do que os outros.

A maior parte das companhias aéreas do mundo (excluindo as companhias low cost, que geralmente adotam o modelo “sem lugares reservados”) tem uma classe informal de lugares – a “última classe” – dentro da classe económica, refere o Telegraph. Quanto mais baixo o preço, pior o lugar. Ou seja, os passageiros que pagam o mínimo pelo bilhete de avião podem esperar encontrar um assento com menos espaço para as pernas, nas filas da cauda do avião, onde o ruído é mais elevado, ou perto das casas de banho. Frequentemente, os passageiros que viajam com estes bilhetes não podem fazer alterações às datas das viagens, no caso de ida e volta, obter um reembolso ou escolher os lugares no avião com antecedência.

Embora as companhias aéreas não reconheçam oficialmente que existe uma “última classe”, a prática é relativamente comum e existe como forma de fazer face aos preços praticados pelas companhias low cost, que praticamente não oferecem regalias aos passageiros e cobram por vários serviços, como poder transportar bagagem extra ou a possibilidade de embarcar antes dos restantes passageiros.

Sem especificar se preveem também passar a cobrar por estes serviços, duas companhias norte-americanas começam a aproximar-se deste modelo de negócio. A American Airlines disse, recentemente, que vai passar a disponibilizar bilhetes com “menos mordomias”, mas a um preço muito mais barato. E a Delta Air Lines já vende um tipo de bilhete a que chama de classe económica “básico”, que não permite alterações ou reembolso.

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