776kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Autoridades ordenam reabertura das escolas. Ameaça sem credibilidade

Este artigo tem mais de 5 anos

Todos estabelecimentos do Distrito Escolar de Los Angeles foram encerrados esta terça-feira devido a uma ameaça de bomba. Autoridades inspeccionaram 1.500 locais e já ordenaram reabertura das escolas.

O superintendente da polícia de Los Angeles decidiu encerrar todas as escolas para "não correr quaisquer riscos com as vidas das crianças"
i

O superintendente da polícia de Los Angeles decidiu encerrar todas as escolas para "não correr quaisquer riscos com as vidas das crianças"

EPA/PAUL BUCK

O superintendente da polícia de Los Angeles decidiu encerrar todas as escolas para "não correr quaisquer riscos com as vidas das crianças"

EPA/PAUL BUCK

O FBI e a polícia da cidade californiana de Los Angeles ordenaram a reabertura das escolas esta quarta-feira. Depois de inspecionar mais de 1.500 locais durante o dia de terça-feira as autoridades concluíram que a ameaça de bomba registada não tinha, afinal, credibilidade.

Tudo aconteceu depois de professores e alunos terem sido informados, esta terça-feira, de que deveriam permanecer longe dos estabelecimentos de ensino Los Angeles Unified School District (Distrito Escolar de Los Angeles). As cerca de 900 escolas públicas que existem na região foram encerradas na manhã desta terça-feira (perto das 15h00 em Portugal Continental), após as autoridades receberem uma ameaça de bomba que à data foi considerada “muito credível”.

A ameaça via e-mail mencionava a existência de vários pacotes e mochilas em algumas escolas não especificadas, bem como a presença de armas de fogo, pelo que a polícia de Los Angeles decidiu encerrar todos os estabelecimentos até que ficassem garantidas as condições mínimas de segurança. No entanto, a tese de que tudo não terá passado de um embuste foi esta quarta-feira confirmada com a ordem das autoridades para reabrir as escolas.

Em Nova Iorque algo muito semelhante aconteceu, com o comissário da polícia daquela cidade a garantir que recebeu uma ameaça idêntica, embora não tenha sido considerada credível. Citado por diferentes meios internacionais, William Bratton acusou as autoridades de Los Angeles de terem “exagerado” na forma como agiram. Também o presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, veio a público dizer que, com base na informação recebida e na forma como a mensagem estava escrita, não foi possível considerar a ameaça “plausível”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já o presidente da câmara de Los Angeles, Eric Garcetti, garantiu numa conferência de imprensa realizada esta tarde (18h00 em Portugal Continental) que a decisão de fechar as escolas não foi sua, embora apoie a medida. “Vamos continuar a esperar que isto não seja nada e que as nossas crianças possam voltar à escola amanhã”, disse. “Uma abundância de cautela é algo que acho que todos nós que temos crianças apreciamos.” Garcetti não referiu se a ameaça era ou não um embuste, mas realçou que os residentes devem permanecer atentos a atos considerados suspeitos.

O chefe do departamento policial de Los Angeles, Charlie Beck, também falou na respetiva conferência de imprensa para responder às críticas sobre a decisão de fechar as escolas. Beck argumentou que é fácil criticar uma decisão quando não se está envolvido no processo e disse ser “irresponsável” fazê-lo quando há fatos ainda por apurar. “Estes são tempos difíceis, estas comunidades, as nossas comunidades (…) já passaram por muito nas últimas semanas.”

A polícia está a investigar a ameaça em cerca de 900 escolas, onde estudam mais de 700 mil alunos, dizia esta manhã Ramon Corvines, chefe da polícia de Los Angeles, que já assumiu total responsabilidade pelo encerramento das escolas. “Temos ameaças todos os dias. [Mas] esta foi uma ameaça diferente. Não foi a uma, a duas nem a três escolas, a ameaça foi dirigida a muitas escolas”, disse o mesmo responsável, que acrescentou que é importante levar a sério a ameaça, “tendo em conta o que aconteceu recentemente e o que aconteceu no passado”.

O responsável referia-se, sobretudo, ao atentado ocorrido em São Bernardino, cidade também situada no estado da Califórnia — a menos de 100 quilómetros de Los Angeles –, onde um tiroteio matou 14 pessoas.

“A única coisa que sabemos é que o e-mail foi enviado por uma pessoa má”

Charlie Beck, o chefe do departamento policial de Los Angeles, garantiu ainda que a ameaça recebida referia-se a um ataque com espingardas de assalto e pistolas automáticas, assegurando que o documento foi encaminhado através da Alemanha, mas a sua origem continua por determinar — os investigadores parecem concordar que o e-mail tenha sido enviado de um local bem mais perto de Los Angeles.

Escreve o LA Times que o congressista norte-americano Brad Sherman teve acesso ao e-mail em causa. “O autor afirma ser um extremista islâmico que se associou a jihadistas locais”, disse, citado pelo mesmo jornal. “Não sabemos se estas alegações são ou não verdadeiras”, acrescentou, salientado as dúvidas que existem quanto à verdadeira identidade do remetente da mensagem.

“Não sabemos se algumas ou todas as ameaças são verdadeiras”, continuou. “A única coisa que sabemos é que o e-mail foi enviado por uma pessoa má. O texto do e-mail não demonstra que o autor tenha estudado o Islão ou tenha qualquer conhecimento em particular sobre o Islão.”

A decisão de encerrar todas as escolas de Los Angeles foi dada às 7h10 locais — 15h10 em Portugal Continental –, pelo que que o acesso aos estabelecimentos já estava barrado quando muitos pais e alunos chegaram à escola. “Nada é mais importante para nós do que a segurança das nossas crianças, especialmente as que estão a ir e voltar da escola, que ainda não foram notificadas. É uma abundância de cautela porque temos de nos assegurar que todas as crianças e todos os funcionários estão perfeitamente seguros”, explicou Jorge Villegas, chefe assistente da polícia da cidade, ao Los Angeles Times.

A senadora do Estado da Califórnia Dianne Feinstein aconselhou a calma até que as autoridades cheguem a uma conclusão.

Artigo atualizado às 07h37

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora