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  • E é tudo da “Pedreira”. Foi longa a noite de bola, mas valeu cada minuto o jogo em Braga. Despeço-me por hoje, mas não sem antes lhe desejar uma boa noite e relembrar que daqui a nada lhe tratarei a crónica do jogo. Se não a ler hoje, que amanhã é dia de trabalho e a noite já vai alta, leia-a amanhã. É lá que lhe vou contar, tintin por tintin, o que é que resolveu este Braga-Sporting e porque é que este foi, até ver, o melhor jogo do ano em Portugal. Até mais!

  • O resumo do jogo

    Paulo Fonseca disse-o no final. Jorge Jesus repetiu. Foi um jogão, como não há memória de assim se ver um nesta temporada em Portugal, venceu o Braga e venceu o Sporting, mesmo que derrotado. E não foi só por se terem visto cinco golos, um prolongamento que só se resolveu no finalzinho e muita incerteza do primeiro ao derradeiro minuto na “Pedreira”, em Braga. Foi por tudo isso e porque quer os dois treinadores, quer os 28 jogadores que hoje subiram ao relvado deram o litro. E ficaram sem uma gota mais de suor para suar.

    Erraram. Os treinadores e os jogadores. Errou mais Jesus, ao tirar João Mário aos 60′ ao invés de o retirar de médio-ala e o recolocar no meio – com Ruiz a arfar e Aquilani sem ritmo para tantos minutos intensos, perdeu ali o meio-campo e provavelmente o jogo. Mas errou Jesus, e erraram todos os outros em algum momento, porque quis vencer, colocando Gelson. Todos quiseram vencer.

    E com bola lá, bola cá, com bola no pé no começo e bola no ar quando as pernas já não corriam como antes, com disputas de bola viris mas leais, com golos de encher o olho, por tudo isso este foi, até ver, o jogo do ano.

    Mas se Jesus perdeu o jogo com as substituições, Paulo Fonseca venceu-o aí. É que Nikola Stojiljkovic, Rui Fonte e Pedro Santos entraram para a frente e encararam de frente os defesas do Sporting. Foi aí, com os arsenalistas frescos e os verde-e-brancos a cair de maduros, que o jogo tombou mais para um lado do que para outro.

    O Sporting sofria a defender no prolongamento, o Braga teve uma mão-cheia de chegadas à área nessa altura, e até os médios-ofensivos (a quem se pedia que fizessem a diferença) defendiam, sobrando-lhes pouca ou nenhuma clarividência para contra-atacar. E sem contra-ataque, a bola não chegava a Gelson, Matheus e menos ainda a Slimani.

    O Braga está nos quartos-de-final da Taça de Portugal e “vingou”, em casa, a derrota sofrida em maio no Jamor.

  • Escutados os intervenientes no jogo, trago-lhe já, já o resumo do que se viu em Braga.

  • Por fim, Jorge Jesus: “Foi um grande jogo. A eliminatória ia ficar resolvida aqui. E tentámos vencer no tempo regulamentar. Quem sai a vencer? O Braga, porque segue em frente na Taça, e o futebol, com o jogo a que aqui se assistiu. O jogo foi todo ele muito disputado, com muito qualidade técnica e tátiva, e só se viram tantos golos porque os ataques foram melhores do que as defesas. Queríamos defender o título, mas não conseguimos. Porque é que saiu o João Mário? Precisávamos de velocidade e podíamos surpreender o corredor esquerdo do Braga. E o Gelson fez isso. Achei que o João não me conseguia dar o que eu queria do jogo.”

  • Fala Paulo Fonseca: “Foi um privilégio assistir a este jogo como treinador. Foi um grande jogo, um jogo que promove o nosso futebol e só é pena que uma das equipas tenha que sair. Mereciam as duas continuar na prova. O Sporting esteve por cima no marcador duas vezes, mas reagimos muito bem. O jogo foi equilibrado, o Sporting marcou nas poucas vezes que foi à nossa baliza, mas quer-me parecer que merecemos a vitória. Criámos mais ocasiões e provámos que podemos discutir o jogo contra qualquer equipa.”

  • No Braga escuta-se o herói da noite, Rui Fonte: “O jogo foi bastante disputado, difícil porque o Sporting esteve em vantagem, mas tivemos uma grande reação à perda. Faz bem às pessoas ver um jogo como este numa altura em que o país não está tão bem. O que é que Paulo Fonseca me pediu? Estava a ser um jogo intenso e tentei explorar ao máximo o cansaço do Sporting. Eu não tenho jogado muito e estava fresco.”

  • O primeiro a falar é William: “Foi um jogo muito bem disputado. O Sporting controlou na primeira parte e o Braga só marcou no único remate que fez. A segunda parte foi mais equilibrada, mas fomos prejudicados com um golo anulado que não deveria ter sido. Mas a equipa está de parabéns e há o campeonato para ganhar. No prolongamento sofremos um golo quando não estávamos à espera. Um dos nossos objetivos era defender a Taça de Portugal, mas não conseguimos.”

  • Trago-lhe já, já os depoimentos na flash interview.

  • Acabou! Braga vence 4-3 na “Pedreira” e segue em frente para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Sporting fica pelo caminho no prolongamento.

  • O árbitro dá mais dois minutos até final.

  • O Sporting não sofria quatro golos num jogo desde a derrota (4-3) com ao Schalke 04, em outubro de 2014. Jogava-se então a fase de grupos da Liga dos Campeões.

  • GOLO! 4-3 para o Braga

    É de Rui Fonte o golo! Baiano cruzou desde a lateral direita para a área, Paulo Oliveira deu um passo à frente, Fonte deu um atrás e a bola foi cair rendondinha na cabeça do segundo. Quase nem saltou e cabeceou para o 4-3, entre as pernas de Patrício. O Sporting tem pouco tempo (e poucas pernas) para responder. Faltam nove minutos e mais uns pozinhos até final.

  • … E apitou de novo Fábio Veríssimo. Jogam-se mais 15′.

  • Não há tempo para mais do que trocar de lado no campo. O árbitro apitou para o fim da primeira parte do prolongamento.

  • O Braga está mais perigoso. E a diferença está na frescura física. Os três homens da frente no Braga (Pedro Santos, Rui Fonte e o sérvio de nome impronunciável: Nikola Stojiljkovic) estão a ser um quebra-cabeças para João Pereira, Jefferson, Paulo Oliveira e até ao recém-entrado Naldo. Gelson e Matheus também estão frequinhos, mas a bola não lhes está a chegar em condições. É que sem Aquiliani nem João Mário o transporte de bola não é nem pode ser o mesmo. Jesus tirou João Mário cedo de mais? No final se verá.

  • Sai Ewerton e entra Naldo no Sporting. Um disparate? Jesus não quer vencer. Não, nada disso. Jesus quer vencer, mas só vencerá se acabar com o cansaço na defesa. E Ewerton já estava a arfar como um pug. Naldo é veloz, talvez o mais veloz dos centrais do Sporting e bem vai precisar de toda essa velocidade para segurar Rui Fonte e, especialmente, Pedro Santos.

  • Uma curiosidade: na última vez que as equipas se encontraram em Braga para a Taça de Portugal, o jogo também foi a prolongamento: aí, o Braga venceu. Foi na temporada de 1997/1998.

  • Ui, ui! Bola no poste de Patrício! Rui Fonte tinha Pedro Santos à direita e Stojiljkovic no meio, entre os centrais. Não passou nem a um nem a outro. Estava de frente para a baliza, encheu-se de força e rematou. Patrício esticou-se, dá a ideia que defenderia se a bola fosse à baliza, mas nem foi preciso: Fonte acertou na base do poste direito.

  • É só uma suspeição deste que lhe escreve: o jogo não vai chegar aos penaltis sem mais golos. Não me parece. É que há cada vez mais espaços livres, numa defesa e noutra. E há avançados fresquinhos num e noutro ataque.

  • Recomeça o jogo!

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