A Volkswagen (VW) tem-se desdobrado, nos últimos meses, em medidas e tentativas de amenizar as consequências do escândalo de manipulação nos testes às emissões de gases poluentes nos carros do gigante automóvel alemão. Mas as investigações sobre o assunto não param de ser iniciadas. E agora, o fabricante germânico pode ser suspeito de fraude e de utilizar indevidamente avultados empréstimos do Banco Europeu de Investimento.

Ou seja, o Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), que se ocupa dos casos de fraude que lesam os orçamentos da União Europeia, está a investigar o destino de empréstimos concedidos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) que tinham como objetivo reduzir a emissão de gases poluentes e a criação, portanto, de motores mais ecológicos e benéficos para o ambiente. Para além disso, conta o El Pais, vai ser criada uma comissão de investigação para ir um pouco mais além. Isto é, para analisar o papel e a atuação das autoridades nacionais que, por sua vez, examinam e regulam os fabricantes automóveis.

O mesmo diário espanhol explica que a OLAF vai examinar se a VW desviou os fundos originários no BEI que, segundo o diário alemão Süddeutsche Zeitung, podem chegar aos 4.600 milhões de euros desde 1999. Apesar de tudo, à Bloomberg, a OLAF já esclareceu que, apesar de o organismo estar “a analisar o assunto”, isso não significa “que as pessoas ou entidades envolvidas tenham cometido irregularidades”.

O fabricante alemão também já reagiu e, em declarações à Bloomberg, um porta-voz referiu que “estamos perplexos que a autoridade divulgue publicamente esta informação sem informar as entidades em questão”. Mas, Eric Felber revelou igualmente que a VW tem encetado conversações com o Banco Europeu de Investimento sobre o assunto há alguns meses tendo ficado já esclarecido o destino do dinheiro emprestado.

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