Mais de 60% dos eslovenos rejeitaram hoje em referendo uma lei que autorizava o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada em março no parlamento, segundo os resultados quase definitivos divulgados pela comissão eleitoral.

O referendo foi realizado por iniciativa dos opositores do casamento homossexual, que obtiveram 63,12% quando estavam contados 96% dos votos, enquanto os apoiantes da lei ficaram com 36,88%, de acordo com os resultados.

A votação contou apenas com a participação de 35,65% dos eleitores, mas mesmo assim o referendo é válido, dado que só necessitava de uma participação de 20%.

No parlamento, a lei alcançara uma larga maioria, com o apoio da esquerda e do partido centrista do primeiro-ministro, Miro Cerar, reconhecendo aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos dos casais heterossexuais, incluindo o direito de adoção, o ponto mais contestado pelos opositores.

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O papa Francisco defendeu esta semana o ‘não’, convidando os eslovenos a “apoiarem a família, estrutura de referência da vida em sociedade”.

Os defensores do ‘não’ eram apoiados pela oposição de direita e pela Igreja Católica e lançaram este processo conseguindo reunir as 40 mil assinaturas necessárias para a realização de um referendo de iniciativa popular.

A organização do referendo suspendeu a aplicação da lei e não chegou a realizar-se qualquer casamento ao abrigo da mesma.

O primeiro-ministro e o Presidente da Eslovénia, Borut Pahor, apoiaram o ‘sim’.