A França começa a dar os primeiros passos para combater os problemas de saúde associados à carreira de modelo. Isto porque foi aprovada uma lei que obriga as modelos que queiram pisar as passerelles a entregar um atestado médico que confirme que estas têm condições de saúde suficientes para trabalhar. Ao mesmo tempo, as revistas vão ser forçadas a rotular as fotografias que tenham sido retocadas e alteradas.

Como conta o jornal The Guardian, de acordo com o projeto de lei aprovado no dia 17 de dezembro, as modelos vão ter que recorrer aos médicos para medir a gordura corporal através do Índice de Massa Gorda, para assim garantir que existem condições de exercer a profissão.

Ou seja, com esta nova medida, as agências de modelos e as marcas ligadas à indústria da moda que não a respeitem arriscam uma multa que pode chegar aos 75 mil euros, e os seus donos uma pena de prisão até seis meses.

O objetivo desta nova lei, contou a ministra da Saúde francesa Marisol Touraine, é o combate a distúrbios alimentares num país onde pelo menos 40 mil pessoas sofrem de anorexia, sendo que, 90% dessas pessoas são mulheres e quase todas adolescentes. Na prática pretende-se que a esta profissão esteja associada uma imagem corporal mais saudável para evitar que as jovens admiradoras não escolham caminhos errados com o objetivo de se tornarem igualmente “belas”.

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