Os dados divulgados pelo Observatório, em setembro, sobre as saídas totais de portugueses são estimados com base na soma de dados recolhidos em 15 países europeus, mais Angola, Brasil e Moçambique.

O número de portugueses que emigraram neste período só tem “paralelo com finais dos anos de 1960 e princípios dos anos de 1970”, de acordo com Rui Pena Pires, do Observatório da Emigração, que falou à Lusa no lançamento do estudo.

Os principais países para onde emigram os portugueses são na Europa, Reino Unido, Suíça, França, Alemanha e Espanha. Há um maior destaque para o Reino Unido, com 30 mil portugueses a preferir emigrar para aquele país, por ano.

Rui Pena Pires admitiu a 15 de dezembro, durante uma audição no parlamento, que a emigração nacional deverá “manter-se alta”, mesmo depois de ultrapassada a crise. “Vamos ter emigração alta, embora mais baixa que os níveis atuais, uma vez esta crise ultrapassada. Nunca iremos, nos tempos mais próximos, regressar a níveis de emigração muito baixos”, declarou Pena Pires.

O Observatório da Emigração, criado em 2009, resulta de uma parceria entre o ISCTE e a Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas.

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