O administrador da Aero Vip, companhia promotora da ligação aérea Bragança-Portimão, que quarta-feira entra em funcionamento, considerou que a nova rota é a “concretização de um passo muito importante” para a empresa e para os municípios envolvidos.

Na cerimónia de apresentação, que decorreu hoje em Cascais, Carlos Amaro afirmou que a nova linha regional Norte/Sul é “símbolo de abrangência e inovação” e vai proporcionar “um posicionamento seguro para outros desenvolvimentos”.

A empresa, segundo o seu administrador, espera conseguir, em 2016, um volume de negócio superior a 12 milhões de euros.

A nova linha aérea regional fará a ligação Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão.

Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, a participação do município nesta ligação “só tem fatores positivos”.

“Ajudamos a uma maior coesão territorial, afirmamos o aeródromo de Cascais – como prova da sua capacidade para voos comerciais e executivos – e criamos uma nova centralidade no concelho, com a intenção de colocarmos Alcabideche e São Domingos de Rana como freguesias da Costa do Sol”, sustentou.

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Segundo o autarca, o aeródromo de Tires irá também disponibilizar um serviço de transporte de passageiros até ao centro de Lisboa, com “custos muito pouco significativos” para o município.

Além da apresentação da nova linha aérea, teve lugar também em Cascais a partida para o voo inaugural, que hoje liga Cascais a Vila Real e no qual seguiu o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

A ligação foi concessionada por três anos e a Aero Vip receberá do Estado, durante esse período, um total de 7,8 milhões de euros.

Esta concessão surge depois de, em novembro de 2012, o Governo ter suspendido os voos entre Bragança/Vila Real e Lisboa (que já eram realizados pela Aero Vip), com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto de 2,5 milhões de euros por ano à operadora.