A Food and Drug Administration (FDA), organismo que regula o setor dos medicamentos nos Estados Unidos, levantou a proibição que impossibilitava os homens que mantêm relações homossexuais de doar sangue, conta o El País. A FDA aprovou esta medida em 1983, altura em que a Sida começou a ser rotulada de epidemia naquele país.

Homens que mantenham relações sexuais com parceiros do mesmo sexo podem, a partir de agora, doar sangue, embora haja uma condição: têm de esperar 12 meses após a última relação sexual para o poder fazer, uma prática que já acontece no Reino Unido e Austrália. “O prazo de 12 meses está apoiado pelas melhores provas científicas disponíveis”, afirmou o subdiretor do centro de investigação da FDA.

Segundo a Vox, também o Japão respeita os tais 12 meses, enquanto Canadá e Nova Zelândia exigem um período sabático de cinco anos. A África do Sul exige seis meses de inatividade, enquanto a Itália faz análises aos comportamentos de risco dos doadores. O El Pais recorda ainda que em França, um dos 50 países que adotam a mesma lei, também haverá mudanças da mesma natureza em 2016. A novidade foi dada ministra da Saúde, Marisol Touraine, numa entrevista ao Le Monde, a 4 de novembro.

Em Portugal, as coisas também mudarão, mas não se sabe ainda quando. Em agosto, a Lusa noticiou, com base no relatório “Comportamentos de risco com impacto na segurança do sangue e na gestão de dadores”, a “a cessação da suspensão definitiva dos candidatos a dadores homens que têm sexo com homens (HSH) [homossexuais e bissexuais]”.

O relatório do Instituto Português do Sangue foi aceite pelo Ministério da Saúde, ficando previsto o anúncio de uma Norma de Orientação Clínica até 31 de outubro. As autoridades de saúde voltariam a falhar os prazos, empurrando uma decisão sobre a dádiva de sangue por gays para 2016, contou o Público na altura. O processo já se arrasta desde 2012.

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