Os governantes têm o peso dos destinos do país aos ombros. É um emprego exaustivo do qual depende toda uma população. E por isso se se queixa do peso do seu emprego, ou o stress que dele retira lembre-se dos seus chefes de Estado. É que estes podem mesmo morrer mais cedo por causa do emprego.

Já todos reparámos nos cabelos brancos que Barack Obama ganhou nos anos de presidência nos Estados Unidos. Ou até no envelhecimento do anterior primeiro ministro português Pedro Passos Coelho desde o dia em que venceu as eleições de 2011 até hoje. Agora essas situações são explicadas através de um estudo publicado no British Medical Journal.

Este trabalho examinou em 279 atuais e antigos políticos eleitos da Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Polónia, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Ou seja, foram comparadas as suas taxas de sobrevivência com as de 261 políticos derrotados em eleições parlamentares ou presidenciais e verificou-se que a diferença no tempo de vida era de 2,7 anos, a favor dos políticos derrotados eleitoralmente.

A conclusão portanto é a de que a eleição para chefe de Estado está associada a um aumento substancial na mortalidade quando comparado com candidatos eleitorais que nunca ocuparam cargos governamentais.

Anupam B. Jena, professora na Faculdade de Medicina na Universidade de Harvard, e uma das autoras da investigação, explicou ao STAT News que a redução do tempo de vida destes governantes não tem a ver apenas com o stress mas também com o estilo de vida, como por exemplo as frequentes viagens e a falta de exercício físico, que são fatores intimamente associados a estes trabalhos.

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