O Governo da Somália proibiu a celebração do Natal e Ano Novo porque considera que estas festividades não se enquadram na fé muçulmana professada no país, refere a BBC.

” As celebrações são contrárias à cultura do Islão e podem incentivar a comunidade muçulmana a abandonar a fé,” referiu Mohamed Khayrow, do Ministério da Justiça e dos Assuntos Religiosos da Somália em declarações ao medias locais, segundo a BBC. A maioria dos somalis é muçulmana e a sharia (lei islâmica) vigora no país desde 2009.

“Muçulmanos a celebrarem o Natal na Somália não é correto,” acresentou Mohamed Khayrow. As autoridades têm indicações para impedirem comemorações natalícias que se realizem em locais públicos, como hotéis. O país acaba de sair de uma guerra civil que durou vinte anos e começa a receber muitos somalis que viviam na diáspora e muitos importaram tradições ocidentais, como o Natal. Com a proibição, os cristãos da Somália só podem comemorar em casa. Celebrar o Ano Novo a 1 de janeiro também não é permitido, uma vez que não coincide com o calendário islâmico.

A proibição das comemorações da época também visa proteger a população estrangeira que reside na Somália, entre elas o contingente de soldados da União Africana destacado no país para estancar a ameaça crescente da Al-Qaeda. As autoridades temem que as festas cristãs possam provocar novos atentados terroristas do grupo radical Al-Shabaab. No passado, a época natalícia foi sido escolhida pelo grupo islâmico para atacar a base da União Africana em Mogadíscio e vários hotéis na cidade.

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