O regime sírio de Bashar al-Assad, o grupo afiliado da Al Qaeda a Frente Al-Nusra e o Estado Islâmico chegaram a acordo para retirar 4 mil pessoas, metade dos quais militantes jihadistas, de três distritos a sul da capital Damasco.

Segundo a agência France Press (AFP), que cita fontes próximas das negociações, este contingente vai ser retirado de Qadam, Hajar al-Aswad e do campo de refugiados palestiniano de Yarmuk. Um responsável governamental revelou que se chegou a “um acordo segundo o qual 4 mil combatentes e civis, incluindo membros do IS (Estado Islâmico) e da Al-Nusra, vão deixar” a zona no próximo sábado.

Ora, segundo as mesmas fontes, estas pessoas vão ser deslocadas para a cidade de Raqqa, controlada pelo Estado Islâmico, e para Marea controlada, por sua vez, pela Jabat Al-Nusra.

A decisão tem como objetivo a reabertura dos bairros pelas instituições governamentais para que as “necessidades da vida quotidiana sejam asseguradas”, esclareceu a fonte oficial à AFP

Esta é, assim, a primeira vez em dois anos que serão enviados bens e mercadorias para esta região que tem estado sob um cerco do governo. O acordo surge também, segundo o Observatório dos Direitos Humanos sírio, dois meses depois de terem sido iniciadas negociações entre o regime de Assad e os líderes distritais do país.

A AFP cita igualmente um desses líderes em Qadam que, sob anonimato, explica que “cada combatente será autorizado a sair com a sua família e uma mala e com a arma pessoal”.

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