O presidente da China Telecom, uma das três grandes empresas de telecomunicações daquele país, está sob investigação por “violações disciplinares graves”, revelou hoje o Governo, adiantando que a decisão foi tomada no âmbito de de uma operação anticorrupção.
A notícia sobre Chang Xiaobing foi divulgada no site da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, do Partido Comunista chinês, tendo a revista de negócios Caijing revelado que o responsável desapareceu a poucos dias de uma reunião da empresa estatal, prevista para segunda-feira.
Em agosto, Pequim anunciou que ia retirar Chang Xiaobing da sua posição como presidente do segundo maior provedor de telecomunicações da China – a China Unicom — para o colocar na China Telecom, provocando rumores de uma fusão iminente entre os dois líderes do setor e um terceiro grande jogador, a China Mobile.
As autoridades chinesas têm levado a cabo uma campanha contra funcionários alegadamente corruptos desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo, em 2013, numa cruzada que tem visado vários líderes empresariais e que alguns analistas consideram uma forma de saneamento político.
Após a realização de investigações internas, o Partido Comunista chinês pode punir os supostos criminosos dentro da própria estrutura partidária ou expulsá-los e enviá-los para julgamento em tribunal, onde a condenação é praticamente garantida.