Mais de 4.000 migrantes foram resgatados no Canal da Sicília, no Mediterrâneo, durante o fim de semana de natal em várias operações conduzidas pela Marinha militar e a guarda costeira italianas, divulgaram hoje as autoridades locais.

Entre sexta-feira e domingo, “mais de 3.000 pessoas foram resgatadas em 28 operações”, referiu o comandante-geral da guarda costeira italiana, almirante Vincenzo Melone, num comunicado.

Hoje de manhã, um outro grupo de 931 migrantes chegou ao porto de Palermo (Sicília, sul de Itália) a bordo de um navio mercante norueguês.

Este grupo de migrantes — 841 homens, 64 mulheres e 26 menores — tinha sido resgatado nos últimos dias por embarcações da Marinha militar italiana ao largo da costa líbia, no âmbito das operações coordenadas pela agência europeia de controlo das fronteiras Frontex, indicou a comunicação social italiana.

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Estes migrantes eram maioritariamente oriundos da África subsaariana, mas também existiam marroquinos, tunisinos e egípcios.

Ainda neste grupo estavam três alegados traficantes, várias vezes identificados como “passadores”, que foram detidos pela polícia italiana. Os suspeitos eram oriundos do Gabão e da Somália.

Mais de 320 mil migrantes chegaram às costas italianas nos últimos dois anos.

Um milhão de migrantes chegou desde janeiro à Europa, na esmagadora maioria através do Mediterrâneo (972.000), naquele que é o maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, divulgaram recentemente a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Em 2014, mais de 219.000 migrantes tinham atravessado o Mediterrâneo.

Na mesma altura, a OIM informou que 3.692 pessoas tinham morrido ou tinham sido dadas como desaparecidas no mar Mediterrâneo durante o corrente ano.