Engordar na época natalícia é tão certo como a Missa do Galo acontecer de 24 para 25 de dezembro. São filhoses e sonhos, é bolo-rei, é bacalhau, é peru, é cabrito. Seja qual for a tradição, o excesso de comida durante este mês é transversal, assim como a incapacidade de parar de ingerir tudo o que aparece à frente.

Os ingleses engordam 2,7 quilos durante a época festiva, e no dia 25 de dezembro a maioria das pessoas come três vezes mais do que o habitual. Mas quem devemos culpar?

Segundo o The Guardian, o suspeito do costume: o cérebro. Recorrendo a um neurocirurgião, o jornal britânico escreve que o mecanismo que nos faz sentir fome — conduzido pelos níveis de sal e açúcar na corrente sanguínea — não é o mesmo que nos faz parar de comer. O cérebro baseia-se em experiências anteriores para prever quando é que nos deve mandar fechar a boca e fazer-nos sentir saciados, isto é, envia um alerta a dizer que já comemos o suficiente.

No entanto, este sistema funciona melhor numas pessoas do que noutras, dependendo, em parte, dos genes. E são muitos os fatores que podem interferir com esta previsão de saciedade, desde beber álcool a sentir ansiedade, tédio ou excitação. Incluindo natalícia.

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