Rafael Benítez, técnico do Real Madrid, afirmou ser vítima de “uma campanha” contra si, a par do presidente Florentino Pérez e da própria equipa de futebol que dirige, defendendo a sua trajetória perante as críticas.

“É claro que há uma campanha contra Florentino, contra mim e contra a equipa. Tudo o que pode ser criticado critica-se, manipula-se ou inventa-se e isso é claro para qualquer pessoa experiente”, afirmou o treinador do Real Madrid, em conferência de imprensa, sublinhando o foco para a vitória na quarta-feira sobre a Real Sociedad, na 17.ª jornada da liga espanhola, que será o último encontro do clube que dirige em 2015.

Para Benitez, “a campanha é clara”, mas insiste que as conclusões só devem ser tiradas no final da temporada: “Qualquer pessoa a vê. Quando estamos na mira e acontece não colocarmos um jogador não há hipótese. Toda a gente questiona a tua trajetória. Todos temos que dar um pouco mais de nós mesmos, a começar por mim, mas o balanço faz-se no final da temporada”.

O treinador do Real, que tem sido assobiado por boa parte dos adeptos do clube nos jogos em casa, pediu a todos os que se deslocarem ao Santiago Bernabéu para assistir ao jogo contra a Real Sociedad que apoiem a equipa onde pontua Cristiano Ronaldo.

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“Somos nós que temos que motivar os aficionados com um bom jogo, com a atitude e a entrega, que é o que quer um apoiante do Real Madrid. Temos que jogar bem, trabalhar muito, ganhar jogos, o público tem que ajudar-nos e vai ajudar”, afirmou.

Em defesa do seu trabalho, Benítez recordou que o Real Madrid falhou vários campeonatos nas últimas décadas por falta de estabilidade.

“A trajetória do Real Madrid nos últimos anos mostra-nos que precisamos de tranquilidade e de estabilidade para fazer alguma coisa na Liga. A equipa está a trabalhar bem, tem intensidade e está bastante melhor do que se pensa. Isso tem que se refletir nos jogos, às vezes não chega e temos que procurar que aconteça mais vezes”, acrescentou o técnico.

Rafael Benítez fez também questão de sublinhar a boa relação com os jogadores, considerando-a “infinitamente melhor que se lê nos órgãos de comunicação social”.

“São 24 e haverá alguns mais satisfeitos e outros menos, como em todas as equipas”, disse.