A 38.ª edição do Rali Dakar, oitava consecutiva na América do Sul, arranca, este sábado, com o motard Paulo Gonçalves (Honda), vice-campeão, a tentar tornar-se o primeiro português a vencer a emblemática prova de todo-o-terreno.

Com a reforma do espanhol Marc Coma, agora diretor do Dakar, e a passagem do francês Cyril Despres para os carros, Gonçalves deixou de ter a oposição dos pilotos que dominaram a última década e aparece na Argentina e na Bolívia como um dos favoritos à partida para os 15 dias de prova, que vão ligar Buenos Aires a Rosario e que arrancam com um curto prólogo para determinar a ordem da primeira etapa.

Com Gonçalves e o espanhol Joan Barreda, a Honda tem este ano uma excelente oportunidade do por fim a um domínio de 14 anos da KTM, que deposita as suas esperanças no australiano Toby Price, terceiro classificado na última edição, no britânico Sam Sunderland e no espanhol Jordi Viladoms.

Nas motas, Portugal vai contar ainda com Hélder Rodrigues (Yamaha), terceiro em 2011 e 2013, Rúben Faria (Husqvama), vice-campeão em 2013, Mário Patrão (KTM) e Pedro Biachi Prata (Honda).

Nos carros, Carlos Sousa, em Mitsubishi, volta a ser o único piloto português, naquela que será a sua 15.ª participação num prova em que alcançou o quarto lugar em 2003 e o quinto em 2001 e 2002.

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Vencedor da última edição, Nasser Al-Attiyah (Mini) volta a encabeçar a lista de favoritos, mas o sul-africano Giniel De Villiers (Toyota), campeão em 2009, o francês Stephane Peterhansel (Peugeot), cinco vezes vencedor, o espanhol Carlos Sainz (Peugeot), vencedor em 2010, e o também espanhol Nani Roma (Mini), vencedor em 2014, prometem igualmente lutar pelo triunfo.

A oitava edição da prova em solo sul-americano vai percorrer um total de 9.300 quilómetros — dos quais 4.700 a 4.800 cronometrados -, até à chegada, a Rosário, no dia 16, mas sem passagem por alguns locais emblemáticos, no Chile e no Peru.

No total, estão 354 pilotos inscritos, 143 em motos, 110 em carros, 55 em camiões e 46 em quads.