A dívida pública portuguesa voltou a aumentar em novembro, depois de uma queda no mês passado graças ao uso da reserva de tesouraria do Estado, e já atinge os 231,3 mil milhões de euros, anunciou o Banco de Portugal.

O aumento, explica o banco, dever-se ao aumento dos empréstimos e da emissão de dívida por parte do Estado, mas o dinheiro terá ficado nas contas das administrações públicas, entrando ainda mais, já que o valor dos depósitos aumentou mais cerca de 500 milhões de euros que o valor de aumento da dívida pública.

Em outubro, o valor da dívida pública havia caído de cerca de 232 mil milhões de euros para 229,3 mil milhões de euros, mas à custa da reserva de tesouraria do Estado, já que o valor da divida pública líquida de depósitos aumentou.

O objetivo do anterior Governo era de conseguir reduzir a dívida pública face ao ano passado de 130,2% do PIB para 125,2%, enquanto o Governo de António Costa espera que seja possível reduzir a dívida pública para 128,2% do PIB (ou esperava na sua proposta de programa de Governo, antes de tomar a decisão de resolver o Banif).

Muito depende do que acontecer no último mês do ano, mas até novembro a dívida pública estava a crescer mais de 5,5 mil milhões de euros, e a estimativa do anterior governo para o crescimento do PIB era inferior a este valor, apenas 4,6 mil milhões de euros, o que deixa este objetivo em sérios risos.

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