A agência de notação financeira DBRS cortou vários ‘ratings’ do Novo Banco, justificando a decisão com o aumento do risco reputacional da entidade, depois de o Banco de Portugal ter transferido dívida sénior do banco para o BES.

“A ação de hoje vem na sequência da decisão tomada pelo Banco de Portugal (BdP) a 29 de dezembro, que alterou o perímetro de ativos e responsabilidades do Banco Espírito Santo (BES) e do Novo Banco, um ano e cinco meses depois de ter estabelecido o perímetro inicial (04 de agosto de 2014)”, sublinhou a DBRS.

A agência considerou que a retransmissão para o BES (o ‘banco mau’ criado após a resolução do antigo BES) da responsabilidade pelas obrigações não subordinadas (seniores) por este emitidas e que foram destinadas a investidores institucionais, cujo montante se aproxima dos dois mil milhões de euros, vai “ter impacto sobre o sentimento dos investidores e a confiança no Novo Banco”.

Além disso, segundo a DBRS, esta decisão do Banco de Portugal acarreta uma subida do “risco reputacional” do banco que é liderado por Stock da Cunha.

Daí, o ‘rating’ da dívida de longo prazo e dos depósitos do Novo Banco foi cortado para “CCC (high) [alto]”, com um ‘outlook’ (perspetiva) negativo.

A DBRS destacou que, caso o processo de venda do Novo Banco não tenha um desfecho positivo, “o risco para os obrigacionistas pode subir”.

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