SIVA, importadora das marcas Volkswagen, Audi e Sköda, anunciou esta quinta-feira que está em contacto com as autoridades regulatórias portuguesas para começar a aplicar as medidas nos carros equipados com o ‘kit’ fraudulento de emissões poluentes.

Fernando Monteiro, administrador da SIVA, explicou que, como está estabelecido pelo grupo Volkswagen, a chamada às oficinas de carros afetados pelas emissões poluentes “começará em janeiro”, sendo que a empresa portuguesa está “em contacto com as autoridades e as entidades regulatórias sobre o assunto”.

Segundo o responsável, a intenção é iniciar a implementação do processo “a partir do fim de janeiro por ondas sucessivas segundo o plano definido pelo grupo Volkswagen”, adiantando que “a ideia geral é que tal situação tenha o mínimo de inconvenientes para os clientes”.

Para Fernando Monteiro, “são operações simples em termos de tempo, mas estão previstas soluções de mobilidades para os clientes que assim o desejem”.

O grupo Volkswagen, dono das marcas Volkswagen, Audi, Seat e Sköda, anunciou a 10 de dezembro que iria começar a chamar às oficinas os carros com emissões poluentes fraudulentas em janeiro, uma operação que poderá estender-se por mais de um ano.

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Segundo o plano do grupo alemão, este mês vão começar a ser chamados os veículos com os motores 2.0 TDI das várias marcas afetadas, sendo que no segundo trimestre serão chamados os modelos equipados com os motores 1.2 TDI.

Está previsto que no terceiro trimestre os proprietários dos veículos equipados com os motores 1.6 TDI sejam contactados para levar os carros aos concessionários.

Os veículos afetados em Portugal pela fraude cometida pelo grupo Volkswagen são 125.491, segundo o relatório preliminar apresentado pelo grupo de trabalho criado pelo Governo.

Segundo o documento apresentado pelo Ministério da Economia do governo anterior, há em Portugal 102.140 mil veículos afetados das marcas Volkswagen, Audi e Sköda e mais 23.351 da marca Seat.

Quando foi conhecido o escândalo, o executivo criou um grupo de trabalho para acompanhar o impacto da fraude da Volkswagen e não se sabe, até ao momento, se com o novo Governo de António Costa esse grupo de trabalho se mantém.

O grupo Volkswagen detém em Portugal a fábrica da Autoeuropa.