Basta fazer login com a conta de Facebook e utilizar 140 caracteres para lançar a discussão: foi penálti do Benfica contra o Porto? Concorda com as provas de aferição no 2º, 5º e 8º anos? A inteligência artificial vai ser a grande tendência tecnológica de 2016? A pergunta é (literalmente) sua. A opinião também. E à medida que cada pessoa entrar na app e pergunta (ou responde), os outros sabem.

No Paxvoice, promover a discussão é tão válido como contribuir para a discussão alheia. Sabe em tempo real quantos concordam ou discordam com determinado tema e pode começar já a contribuir para a discussão que vai dividir os convidados de Fátima Campos Ferreira, no Prós e Contras desta segunda-feira: “Está satisfeito com os cuidados hospitalares?” Às 17h, 51% das pessoas dizia que sim, 49% dizia que não.

O Paxvoice está disponível gratuitamente nos sistemas operativos iOS e Android e foi desenvolvida por João Valentim, Rodrigo Silva e Tarcísio Pontes, em parceria com a plataforma nacional de inovação Lusídeias, que é, por sua vez, promovida pela Compta – empresa portuguesa que integra soluções nas áreas de Telecomunicações e Sistemas de Informação. O mote para a ideia remete a John Lennon e a “Power to the People”, porque a missão é mesmo essa: fazer com que a voz das pessoas conte.

Esta plataforma facilita a assertividade. São 140 caracteres colocados numa pergunta, que funciona como um ‘voice’, as pessoas concordam ou discordam, e isto é quantificado. Depois, as pessoas podem comentar ou sustentar a sua opinião. Como se diferencia do Twitter ou outras plataformas e fóruns? Porque fornece um universo estatístico relativamente a uma questão em concreto, em tempo real”, explica ao Observador Luís Curvelo, diretor de Marketing & Inovação da Compta.

Através de um smartphone, um computador ou um tablet, qualquer pessoa pode entrar na discussão. “Assim que conheci o projeto, imediatamente percebi que encaixaria perfeitamente na linha editorial do Prós e Contras”, afirmou Fátima Campos Ferreira, em comunicado, acrescentando que a partir de segunda-feira, vai ser possível saber “com detalhe estatístico”, o impacto que o debate está a ter na opinião pública.

Luis Curvelo explica que o Paxvoice “é muito simples de usar e vai cativar audiências”, porque é “um suporte novo em termos de redes sociais”, que pode ser integrada com o Facebook e o Twitter. Se o fizer, pode criar voices (discussões), automaticamente, através de um tweet – desde que acrescente a hashtag #paxvoice.

No final de 2014, o Paxvoice foi considerada uma das 50 melhores futuras app da Europa, na fase final do The Big App Fund, uma competição de investimento apoiada pelo Facebook, em Londres.

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