Histórico de atualizações
  • O nosso liveblog de hoje fica por aqui. Amanhã voltaremos a acompanhar a pré-campanha em direto. Obrigada e boa noite.

  • Marcelo Rebelo de Sousa garantiu esta sexta-feira que nem Passos Coelho nem Paulo Portas vão aparecer na sua campanha presidencial. Na SIC Notícias, explicou que “não é essa a tradição”, dando como exemplo Fernando Nogueira que não participou na primeira campanha presidencial de Cavaco Silva, em 1996, e Marques Mendes e Ribeiro e Castro que não participaram na campanha de Cavaco em 2006.

  • António Costa afirmou esta sexta-feira na Quadratura do Círculo, em que participou na qualidade de convidado especial, que já sabe em quem vai votar nas eleições presidenciais, mas não revelou a escolha. “Já sei em quem vou votar, mas não revelo. O PS não deu indicação de voto e eu como secretário-geral devo respeitar”, disse.

  • A análise do debate, ainda a quente

    Vamos aos pontos fortes e fracos de cada um deles.

    Onde Maria de Belém esteve melhor foi ao falar de Marcelo como o homem sem convicções, ou a lembrar o “cata-vento”, uma acusação de Passos. A estratégia parece ser de procurar a direita descontente com o Marcelo “socialista”. A grande virtude talvez tenha estado na forma: mais sorridente/confiante, menos agressiva (insisto, só na imagem, porque os argumentos são muito pessoais: “não é confiável”). Esteve bem também na crítica consistente à eutanásia, protegendo um eleitorado que vê como seu.

    Mas Maria de Belém não esteve bem quando quase se limitou a repetir argumentos de Sampaio da Nóvoa, sem conseguir levar novos. Será uma desvantagem ser o segundo debate, mas não faltam nos comentários de anos de Marcelo argumentos para insistir com algo de novo.

    Marcelo esteve bem na autodefesa. Por exemplo, quando lembrou Belém que foi ele que aprovou orçamentos a Guterres (os consensos que defende encaixaram ali bem), também a explicar como e porque foi ao Hospital de São José depois de uma morte polémica (defender um a fiabilidade de um serviço público é uma missão do PR); até quando desmontou a sua própria crítica a Balsemão, em 1978, recuperada por Maria de Belém.
    Mas foi sobretudo eficaz ao lembrar a ausência de apoio oficial do PS a Maria de Belém. E ao corrigir, discretamente, dois pontos frágeis dos últimos dias: prometeu ficar atento a medidas despesistas do Governo socialista (depois do Orçamento ter luz verde de Bruxelas); e confortou os mais católicos, dizendo que ele e Maria de Belém votaram diferente no referendo da IVG (e os dois disputam este eleitorado).

    Marcelo não foi bem no tipo de ataque que escolheu a Maria de Belém – uma vez mais muito pessoal. Pode até perceber-se a “intriga” de que acusa a adversária, se pensarmos que está à procura dos votos socialistas, mas a expressão “mente sistematicamente” pesa demais com uma adversária como esta. Sublinho: a persistência nestes argumentos e nestas palavras é penosa para um candidato que tem uma imagem simpática, de anos a comentar “de sofá, sem contraditório.

    Vamos a conclusões?

    A questão chave está em Maria de Belém (e na sua disputa com Sampaio da Nóvoa). Belém foi mais sorridente que o seu adversário à esquerda, mas menos agressiva do que ele. Foi mais ‘centrista’ do que é o ex-reitor, mas isso obrigava-a a ser também mais eficaz a desmontar Marcelo – e na verdade foi mais repetitiva do que consistente. Pode ter ficado em desvantagem por ser a segunda a debater com Marcelo, mas isso obriga-a a ser muito eficaz no debate decisivo – o de amanhã, precisamente com o ex-reitor. Amanhã veremos o round final.

    Quanto a Marcelo, percebe-se que quis “acordar” da sonolência da campanha das últimas semanas. Hoje foi um pouco melhor que ontem, mas não limpou a muito má ideia de que o Marcelo comentador, que ganhou simpatia de milhões, foi substituído por um político igual a outros tantos. Um ponto final quanto a Marcelo: nos dois debates, foi mais aliado de António Costa do que da área política que o apoia. Tornou-se banal dizer isto, mas a questão é real: para ganhar à primeira volta, chegará ser o único à direita? A dúvida veio, ficou. E pode bem durar até ao dia das eleições. A verdade é esta: Marcelo podia ter ganho as eleições nestes debates – e não ganhou. Agora terá que lutar até ao fim.

  • Dois debates. Um sobre as características pessoas, outro sobre a função presidencial. O primeiro foi mais animado e duro. Marcelo acusou Maria de Belém de ser “intriguista”, “mentir” e fazer “de psicóloga”, a socialista acusou-o de ser “ziguezagueante”, “catavento” e “transmutar-se”.

    No debate sobre a função presidencial, Marcelo defendeu consensos de regime, lembrando que viabilizou três orçamentos do Governo minoritário de António Guterres. Maria de Belém prometeu uma voz mais reivindicativa na União Europeia. Na verdade, o espaço que os próprios candidatos dedicaram a discutir a forma como exerceriam o mandato ao qual se candidatam foi pouco.

    Sobre Saúde, defenderam os dois o Serviço Nacional de Saúde (com Maria de Belém a repescar a polémica do debate com Sampaio da Nóvoa), sobre os compromissos com Bruxelas novo acordo (embora a socialista tivesse sido mais reivindicativa), sobre o uso do veto em questões fraturantes, Marcelo foi mais direto, garantindo que limitar-se-á a cumprir a vontade popular prometendo que a sua convicção pessoal não se irá sobrepor aos consensos que existam.

  • Duros no debate, sorridentes no final

    No final do debate, os dois candidatos saem do estúdio sorridentes. Inquiridos sobre quem tinha ganho, a socialista responde: “A democracia”. Marcelo concorda.

  • Maria de Belém Roseira termina com apelo ao voto dizendo que estas eleições são muito importantes. “O Presidente, neste caso, eu preferia que fosse uma Presidente, precisaria ter uma votação reforçada porque os tempos que vivemos são muito importantes “. O debate termina com acordo. “Eu secundo”, acrescenta Marcelo, ficando com a última palavra.

  • João Adelino Faria chama a atenção para o facto de serem os dois católicos e pergunta o que fariam se tiverem que promulgar a eutanásia ou a liberalização de drogas.

    “Não é o facto de ser católico ou não ser que inibirá a expressão democrática. O PR não pode sobrepor-se à vontade popular”, responde Marcelo. Maria de Belém diz claramente ser contra a eutanásia e defendeu “debates alargados”. “A minha convicção terá a ver com a apreciação se será uma eutanásia social ou eutanásia pessoal”, responde sobre se vetaria ou não uma lei que a legalizaria. Sobre a liberalização de droga, diz o mesmo.

  • Marcelo está confiante que o Governo vai cumprir os compromissos com Bruxelas, nomeadamente de dívida e défice. “Estou convencido que vai conseguir. Tudo farei. O PR não é concorrente com Assembleia e o Governo. É fundamental que o PR ajude o Governo a cumprir esses compromissos”, diz, considerando que não é por causa disso que dissolverá o Parlamento. O ex-líder do PSD lembra, contudo, que o OE tem que ser previamente aprovado por Bruxelas.

    Maria de Belém considera que o Governo vai conseguir negociar o conteúdo do Orçamento. “Os Estados devem tentar negociar o que consideram melhor para si. Portugal tem perdido por falta de comparência”, diz, criticando falta de empenho dos Governos para ser mais reivindicativos.

    Ao retorquir, Marcelo defende consensos de regime em matéria europeia. Lembra que, quando era líder do PSD e Guterres primeiro-ministro, havia “sintonia e consenso de regime” que hoje é ainda mais “fundamental”. Defende uma atitude “forte” de Portugal em Bruxelas.

  • Marcelo volta a justificar a ausência de Passos Coelho da sua campanha com o facto de estar ocupado com a campanha autárquica de S. João da Madeira, respondendo a uma crítica de Maria de Belém. A candidata defende-se e diz que não dividiu o PS. “Eu não dividi nada. Foi o PS que tomou essa decisão”. “Essa desculpa é otima. Foi o PS, não fui eu. Branco é branco”, responde imediatamente Marcelo.

    “As pessoas conhecem-se. O PS conhece-me. Eu sou um deles”, insiste Maria de Belém. “As pessoas não têm receio de mim. Sabem como eu me comporto. Não é o que dizem de si”.

    Marcelo nota que Maria de Belém faz acusações usando a fórmula de “as pessoas dizem que…”. “Está a ser psicólogo?”, interroga Maria de Belém, sorridente.

  • Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o país, considerou que há “guetos” e que o Governo PSD/CDS tomou “medidas que tinha que tomar e outras que passaram o limite como a TSU”.

    O debate aquece. Marcelo fala em malícia e Maria de Belém ataca: “Se há pessoa maliciosa!.. não se lembra o que chamou a Pinto Balsemão num Governo a que pertencia. Chamou-lhe lelé da cuca”. O social-democrata não gosta e acusa Belém de “andar a procurar os votinhos à direita que lhe faltam à esquerda”. “Intriguista eu nunca fui. Se perguntar quem é o campeão nessa matéria, eu não sou a campeã. Nunca usei a intriga para me impor”, reage a ex-presidente do PSD.

    “Mente sistematicamente, figindo que não mente”, responde Marcelo, acusando Maria de Belém de ter trocado os anos em que Pinto Balsemão governou. Lembra depois que Belém anunciou a sua candidatura em cima de uma intervenção do líder do PS. Assim vai o debate.

  • Marcelo justifica-se. Diz que foi ao S. José quando “havia especulação e alarido”, mas falando primeiro com o ministro da Saúde. “Fui dar uma palavra de confiança no SNS e uma palavra de responsabilidade, tudo será apurado”. O candidato garante que “o PR não há-de ser contra poder ou ultrapassar o Governo, mas tem que dar uma palavra quando se justificar”. E garante que se fosse Presidente também iria visitar o hospital, em articulação com o Governo.

  • Inquirido sobre a política de Saúde do anterior Governo, Marcelo responde que “na medida em que começou por ser uma política que apontava para a gestão de meios raros”, alertou “sempre” que uma coisa é “aguentar a situação”, outra é recuperar “dos atrasos”. A socialista diz que nunca ouviu esse alerta e o ex-líder do PSD responde: “Não era minha telespetadora”.

    Maria de Belém aproveita para dizer que nunca ter ido, como fez Marcelo, visitar o hospital de S. José depois de se saber de mortes por causa de falta de médico ao fim de semana e que isso foi um oportunismo.

    “Ele diz muitas vezes que o país está dividido mas não está. Diz isso quando surge um Governo de esquerda, quando o Governo é de direita está em paz”, acusa depois a socialista, considerando que “o PR tem que garantir a estabilidade e a união”.

  • Passam a discutir as alegadas contradições de Marcelo sobre a defesa ou não do Serviço Nacional de Saúde, que dominaram o debate com Sampaio da Nóvoa. Rapidamente voltam à questão do “hiperativo” com Marcelo a notar que tinha recuado na acusação e Maria de Belém a dizer que não. “Eu nunca discuti a sua atitude ou o seu caráter”, atirou.

    Marcelo ao ataque lembra os Orçamentos do Estado que ele, enquanto líder do PSD viabilizou (entre 1997 e 1999) quando Guterres era primeiro-ministro co um governo de maioria relativa de Maria de Belém fazia parte como ministra da Saúde.

    A socialista diz que essa viabilização teve como contrapartida a revisão constitucional, mas Marcelo responde que essa revisão valeu apenas para um ano. “Só durou nesse Governo porque esse Governo não caiu. Assim, a dra. pôde ser ministra da Saúde, ministra da Igualdade…”, diz Marcelo à adversária.

    Voltam ao SNS e a 1982. Marcelo diz que nunca foi contra, ao defender alterações que defendeu. Maria de Belém aproveita para falar da “pretensa superioridade” com que Marcelo se referiu às “notinhas”, que trouxe num papel para a mesa de debate.

  • "Ziguezagueante" e "duas caras" vs. "psicóloga"

    A ex-presidente do PS diz que gosta mais de Marcelo como comentador político do que como candidato presidencial. “Sempre o ouvi dizer uma coisa e outra completamente diferente”. Lembra as perguntas que “as pessoas que o conhecem bem” fazem: “se vai levar intriga” para Belém. Lembra ainda a classificação de “catavento” e acusa-o de “comportamentos muito contraditórios”. “Ontem transmutou-se”, disse, referindo-se ao debate com Sampaio da Nóvoa.

    Marcelo, na resposta, acusa Maria de Belém de o ter considerado “um deficiente mental” por esta ter dito que era “hiperativo”. Acusa mesmo a candidata de ser “ziguezigueante e de ter duas caras”. “Parece-me uma campanha freudiana”, atira, considerando que está a ser “psicóloga”. “É uma nova faceta que não lhe conhecia”.

    O candidato chama ao debate declarações de Maria de Belém em que esta dizia que Marcelo dormia poucas horas. A socialista tenta defender-se alegando que as declarações que produziu basearam-se em confissões do próprio social-democrata.

  • Marcelo, em resposta à primeira pergunta, garante que o seu “adversário principal são os problemas dos portugueses” e não “adversários personalizados”. Maria de Belém Roseira discorda pois considera que em política “há adversários, o que não há são inimigos”.

  • Começa o debate Marcelo Rebelo Sousa-Maria de Belém Roseira na RTP.

  • Neto quer “inspirar a sociedade” contra a política de “navegação à vista”

    Henrique Neto afirmou que pretende ser o Presidente da República que, ao “inspirar a sociedade”, dê uma “orientação, um caminho” de forma a acabar com uma política portuguesa de “navegação à vista”.

    O que tem acontecido na política portuguesa é uma certa navegação à vista. Vem um partido, ganha o poder, ganha as eleições e a seguir vem outro que desfaz tudo aquilo que o anterior fez”, disse Henrique Neto, acrescentando que, caso ganhe as eleições, pretende contrariar a tendência de “casa a construir-se/casa pelo chão”.

    O candidato usou mesmo como exemplo um caso do atual Governo PS que três dias depois de ter chegado ao poder terminou com o modelo de exames que o anterior PSD/CDS-PP instituiu.

    “Não se pode continuar a construir uma casa a partir dos alicerces e quando chega ao telhado, deita-se tudo abaixo. Isto não é racional. Não é possível que um país se desenvolva desta forma. Um Presidente da República pode inspirar as pessoas para que acabem a casa”, afirmou.

    Segundo esta lógica, Henrique Neto credita que um Presidente da República não pode ser “refém de um partido, nem de ideias passadas” porque, defendeu, “as pessoas não podem estar a trabalhar apenas para hoje, têm de trabalhar para o ano que vem, para os próximos cinco ou dez anos”.

    O empresário falava à agência Lusa em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, onde contactou com trabalhadores à saída da fábrica de pneus Continental Mabor, comentando que aqueles funcionários “felizmente têm emprego, mas o desemprego é porventura o maior drama de Portugal”.

    “E não vai haver empregos se não houver crescimento económico e não vai haver crescimento económico se não houver investimento. Temos de procurar investimento. É necessário adotar uma estratégia que conduza ao investimento não apenas nacional, mas também internacional. Portugal não pode limitar-se à sua dimensão europeia mas deve ter uma dimensão atlântica, universal. Temos de ir buscar investimento a todo o mundo”, defendeu.

    Além deste contacto, Henrique Neto visitou a feira Vila do Conde e esteve no mercado da Póvoa do Varzim, além de ter participado numa arruada em Braga, admitindo que tem vindo a sentir que tem “muitos mais apoiantes do que há um mês”.

    “Há sempre muitas pessoas desiludidas com a política e eu tento mostrar que a abstenção não resolve coisa nenhuma. Abster-se é desistir do país e nós não podemos desistir do nosso país, temos de votar. As pessoas sentem-se enganadas pelo passado e talvez seja vantajoso que pensem e analisem melhor”, apelou Henrique Neto.

    Segundo o empresário, “as pessoas estão mais cansadas dos partidos”, pelo que o facto de se tratar de um candidato independente pode ser “um fator de adesão” à sua candidatura”.

    “Por outro lado as pessoas sabem que tenho uma experiência de vida. Aqui um senhor disse-me que gostou de me ouvir dizer que os académicos não resolvem os problemas. É um operário, um trabalhador que sabe que os problemas da empresa e da vida não se resolvem com teorias, resolvem-se com a experiencia prática da vida. As pessoas reconhecem que eu tenho um percurso da economia real e não das teses e das teorias dos académicos. Nos mercados e nas fábricas, as pessoas sabem do que estou a falar”, concluiu.

    Lusa

  • Cândido Ferreira diz que candidatos não debatem consigo por terem medo da verdade

    O candidato presidencial Cândido Ferreira disse hoje que os seus adversários aceitam participar em debates televisivos que não respeitam a igualdade entre todos porque não querem debater com ele, “não querem que a verdade venha ao de cima”.

    O tempo de antena dado pelos canais de televisão a sete candidatos à presidência da República “é mais de dez vezes superior ao tempo que me foi dado a mim” e “nestas condições, eu não posso de facto ir a esses debates” (tendo-os abandonado), afirmou Cândido Ferreira, que falava à agência Lusa, à margem de várias ações de campanha em que hoje está a participar em Coimbra.

    “Ontem [quinta-feira] assisti a um debate [num canal de televisão] entre dois candidatos a Presidente da República e, sinceramente, fiquei triste” porque “não só não discutiram os verdadeiros problemas do povo português, como até as divergências pessoais que possa haver entre eles foram completamente atenuadas”, sustentou o médico e antigo líder da Federação Distrital do PS de Leiria. “Aqueles senhores [Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa] têm telhados de vidro — qualquer deles –, como têm também os outros candidatos, e não querem debater comigo porque eu não tenho telhados de vidro”, salientou.

    A luta contra “esta atitude discriminatória das televisões”, é “um combate pela dignidade, pelos valores da República e pela democracia”, que deve ser “de todos os portugueses”, apela Cândido Ferreira.

    Lusa

  • Ecos do debate. Nóvoa diz que serviu para mostrar que "não está tudo decidido"

    Os ecos de debate com Marcelo ainda se fazem ouvir. Para Sampaio da Nóvoa, o debate televisivo de ontem à noite foi o bastante para desfazer o mito de que estaria “tudo decidido”. Ou seja, de que Marcelo será o vencedor.

    “Eu julgo que era muito importante que esta campanha começasse, que se acabasse com um certo mito de que estava tudo decidido, de que verdadeiramente não era necessário fazer eleições”, afirmou o candidato aos jornalistas, acrescentando que “esse mito ficou desfeito e as pessoas perceberam que há um debate sério e que há uma decisão muito séria a travar na votação do dia 24 de janeiro”.

    Sampaio da Nóvoa defendeu também, no final de um almoço que decorreu num hotel em Lisboa, que “vai haver uma segunda volta”, e que disputará o lugar de chefe de Estado com o antigo presidente do PSD. “Creio que perceberam todos também com toda a segurança que vai haver uma segunda volta, que vai haver mais tempo para debater, vamos ter agora quinze dias e depois mais três semanas para debater, que as ideias vão ficar muito claras para todos os portugueses”, vincou.

    O antigo reitor da Universidade de Lisboa identificou “alguma distração, alguma apatia” nos eleitores, considerando que o debate permitiu “quebrar esse ciclo”, e por isso “foi extraordinariamente positivo”. Por isso, Nóvoa afirmou que este é “um novo tempo, um novo momento desta campanha”, em que as pessoas percebem que há coisas muito sérias em jogo, que não há pessoas que possam ter sido anteriormente proclamadas, ou autoproclamadas Presidente da República”. “Eu venho a este combate, porque é verdadeiramente um combate democrático, porque não estou contente com o que aconteceu ao meu país nos últimos anos e quero mudar isso”, referiu.

    Lusa

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