O mau tempo causou estragos no litoral norte, em particular no distrito do Porto, e vai piorar nas próximas horas, depois de uma noite de chuva e vento que deixou as autoridades sem mãos a medir.

A noite foi intensa no que ao mau tempo diz respeito. A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), registou 109 ocorrências até 07h30 de hoje. No entanto, só nas últimas horas este número triplicou. Entre as 07h30 e as 12h30 de hoje, a ANPC registou 243 ocorrências.

A maioria dos alertas deve-se a inundações, mas também quedas de árvores, deslizamentos de terras e quedas de estruturas.

O Porto é o distrito com o maior número de ocorrências (110), uma das quais prende-se com o facto de o Rio Leça ter transbordado e provocado a inundação de uma habitação, na Maia, sendo que no mesmo concelho ocorreu o aluimento de terras na A41, o que obrigou ao corte da vida.

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Nos distritos do Porto, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro e Leiria mantêm-se várias estradas cortadas à circulação.

Depois do Porto, Viseu, Coimbra e Aveiro são os distritos que mais estão a ser fustigados, segundo os dados da Proteção Civil.

A situação deve piorar nas próximas horas. Em declarações à Agência Lusa, o adjunto de operações nacional da ANPC, afirmou que a situação meteorológica vai agravar-se nas próximas horas, principalmente ao final do dia, nos distritos a norte do Cabo Carvoeiro, nos quais “podem ocorrer fenómenos extremos” devido à chuva e ventos fortes.

Também na Lavra, no concelho de Matosinhos, duas dezenas de casas sofreram estragos provocados pelo vento forte que se fez sentir durante a madrugada.

António Lima, adjunto dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, explicou à Lusa que os danos ocorreram sobretudo ao nível dos telhados, das janelas, das caleiras e das persianas, acrescentando que todas as casas afetadas por este fenómeno de vento forte ficaram habitáveis.

Ainda de acordo com este operacional, as telhas de um restaurante “voaram” em direção a uma habitação do outro lado da rua, atravessaram a janela e causaram danos na sala.

Ainda na mesma zona da freguesia de Lavra, os bombeiros foram chamados a retirar duas pessoas acamadas da sua habitação para casas de vizinhos, devido a inundação. Esta casa, onde moravam mais duas pessoas, ficou temporariamente inabitável.