Esta é, para muitos, a aplicação móvel do momento. Chama-se Peach — “pêssego”, em português — e foi lançada no final da semana passada. Ao que parece, tem visto o número de utilizadores crescer a grande ritmo. Um ritmo tão elevado que levou a que a aplicação sucumbisse várias vezes ao seu próprio peso:
Hello Internet! We feel you. We are down at the moment. Give us a few moments to recover.
— Peach (@peachdotcool) January 8, 2016
A Peach aposta numa autopromoção arrojada e, por enquanto, só está disponível em telemóveis iPhone. A versão para dispositivos Android será lançada “muito em breve”, lê-se numa conta oficial do Twitter dedicada a esta aplicação.
É como um meio-termo entre Facebook e Twitter. Se por um lado podemos adicionar amigos como no Facebook, por outro a nossa conta é associada a um username, tal como no Twitter. Há ainda quem aponte semelhanças com outras aplicações como o Instagram, o Snapchat e o Tumblr, escreve o The New York Times.
E que funcionalidades são essas? A aplicação começa por nos apresentar um feed onde, acima de tudo, se podem partilhar mensagens de texto ou fotografias. É também neste ecrã que surgem as mensagens publicadas pelos amigos que adicionámos. Para quando faltam ideias sobre o que escrever, a aplicação tem uma funcionalidade que lança perguntas às quais podemos responder publicamente — por exemplo, “Qual é o teu cheiro favorito?”.
Estas são as opções visíveis da aplicação, porque a verdadeira magia não é de todo evidente. É que a Peach inclui uma série de “palavras mágicas” (Magic Words) que executam tarefas, ao velho estilo dos comandos do IRC. Por exemplo, se na caixa de texto escrevermos “GIF”, podemos pesquisarb imagens animadas na biblioteca Giphy, dentro da própria aplicação. Se escrevermos “battery” podemos partilhar a percentagem de bateria ainda disponível no telemóvel. E se escrevermos “song” enquanto estamos a ouvir música, a aplicação deteta o nome da faixa e permite partilhá-la no feed. Estes são apenas três exemplos de comandos suportados pela aplicação (o Mashable compliou-os todos neste artigo).
Há ainda outro elemento diferenciador. Teoricamente, tudo o que se passa na aplicação fica na aplicação. Não há links para os perfis e conteúdos, nem botões para partilhar publicações noutras redes sociais. Para já, a rede parece ter sido “invadida” por utilizadores a fazerem-se passar por celebridades.
É impossível prever se a Peach vai conseguir destacar-se entre todas as outras redes sociais. Contudo, as hipóteses jogam a seu favor, muito graças ao facto de ter nascido pelas mãos de Dom Hofmann, um dos fundadores da plataforma de vídeos Vine, adquirida em 2013 pelo Twitter e, segundo o jornal The Guardian, uma das últimas redes sociais a conquistar um número significativo de fãs.
Editado por Filomena Martins.