Pelo menos 300 pessoas foram retiradas hoje da localidade síria de Madaya, noroeste de Damasco, cercada pelo exército e pelo grupo xiita libanês Hezbolah, informou o diretor do Observatório sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.

A mesma fonte adiantou que há mais 400 pessoas doentes que necessitam de receber tratamento urgente e que esperam ser retiradas em breve.

A ONU informou segunda-feira à noite que centenas de pessoas deveriam ser retiradas de Madaya porque podem morrer.

Trabalhadores de agências humanitárias encontraram 400 sírios a sofrerem de fome, desnutrição e de outros problemas de saúde durante uma visita ao hospital em Madaya, relatou hoje o chefe para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O’Brien, aos jornalistas, após o fim da reunião do Conselho de Segurança, que decorreu à porta fechada, confirmando a urgência de retirar cerca de 400 sírios que correm perigo de vida.

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Segundo o mesmo responsável, além de serem necessárias garantias por parte do Governo sírio para que o local possa ser evacuado em segurança — seja por terra ou por ar — são também precisas garantias de “outras partes” envolvidas no conflito.

Uma coluna de ajuda humanitária chegou na segunda-feira a Madaya, cercada há seis meses por forças pró-governamentais e onde existem relatos sobre pessoas a morrer à fome, numa operação coordenada pelo Crescente Vermelho sírio e a Cruz Vermelha.

As informações sobre casos de fome e carências alimentares nesta cidade provocaram um clamor internacional e obrigaram o regime sírio a autorizar o acesso à localidade.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya desde o passado dia 01 de dezembro.