O papa Francisco defende no seu primeiro livro, que vai ser lançado esta terça-feira, que a “Igreja não está no mundo para condenar”, mas para transmitir uma mensagem de misericórdia a uma “Humanidade que tem feridas profundas”.

“Não são apenas as doenças sociais e as pessoas feridas pela pobreza, pela exclusão social, pelas inúmeras escravidões do terceiro milénio. Também o relativismo fere muitas pessoas: tudo parece igual, tudo parece o mesmo”, refere um excerto do livro “O nome de Deus é misericórdia”.

Francisco explica que a Igreja “não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com (…) a misericórdia de Deus”, e defende que “para isso (…) é necessário sair das igrejas e das paróquias” e procurar as pessoas “onde vivem e sofrem”.

“O nome de Deus é misericórdia” resulta de uma conversa com o vaticanista do jornal italiano La Stampa Andrea Tornielli sobre o tema e a mensagem católica da misericórdia, central no percurso de Jorge Bergoglio. Editado em Portugal pela Planeta, o primeiro livro de Francisco inclui a bula de proclamação do jubileu extraordinário da misericórdia “Misericoriae Vultus”, que explica a decisão do papa de proclamar este ano jubilar.

O livro vai estar disponível, em simultâneo, em 86 países e em seis línguas: italiano, inglês, francês, alemão, espanhol e português. A cerimónia de lançamento vai decorrer no Instituto Augustiniani, no Vaticano.

Este é o primeiro livro publicado por Jorge Bergoglio desde que foi eleito em março de 2013. Em junho, a encíclica “Laudato Si”, também traduzida em várias línguas, foi um êxito mundial de vendas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR