Cerca de 130 responsáveis com o estatuto de vice-ministro ou superior foram “abatidos” no âmbito da campanha anticorrupção lançada em 2012 pelo Presidente da China, Xi Jinping, anunciou o órgão máximo anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC).

Os dois casos mais mediáticos envolveram a prisão do antigo chefe da Segurança Zhou Yongkang e do ex-diretor do Comité Central do PCC e adjunto do antigo presidente Hu Jintao, Ling Jihua.

O número foi divulgado durante um plenário da Comissão Central de Controlo e Disciplina do PCC, que se realiza até quinta-feira em Pequim, e onde Xi advertiu que a campanha passará a focar as bases do Governo.

“As infrações cometidas por pequenos funcionários deverão ser também punidas com rigor”, disse Xi, citado pelo jornal oficial China Daily, que classifica o discurso do líder chinês como um ponto de viragem.

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A campanha anticorrupção, a mais persistente do género realizada nas últimas décadas, deverá ainda intensificar esforços para deter e extraditar altos cargos chineses que fugiram do país, referiu Xi.

Desde que há oito meses a China lançou a operação “Skynet”, visando suspeitos de corrupção evadidos além-fronteiras, 1000 suspeitos de crimes económicos foram já repatriados a partir de 68 países e regiões.

Em alguns casos, os suspeitos foram detidos apesar da ausência de acordo de extradição, como é exemplo Yang Yinjun, reclamado por Pequim há 14 anos e repatriado desde os EUA em setembro passado.