O treinador espanhol Julen Lopetegui, dispensado do FC Porto na semana passada, divulgou uma “carta de despedida” na qual afirma que “ainda estava a tempo e com possibilidade de atingir os objetivos” do clube no futebol português.

Na sua página oficial na internet e nas redes sociais, o técnico assume ter “chegado o momento” de “separar os caminhos” entre si próprio e o clube, razão pela qual pretendeu “expressar várias ideias de forma pública”.

Lopetegui agradece ao FC Porto e, “em especial, ao seu presidente” pela “experiência maravilhosa e exigente”, sublinhando o momento da cisão: “Ainda estávamos a tempo e com possibilidade de atingir os objetivos pelos quais havíamos lutado”.

“Confiávamos absolutamente nisso e lamentamos ver-nos afastados a meio do caminho”, diz o técnico basco, de 49 anos, que recorda os “bons momentos e noites inesquecíveis no Estádio do Dragão”, ao longo da época e meia em que representou o FC Porto.

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Lopetegui afirma-se ainda de “consciência tranquila” por ter “investido a alma numa entidade com uma história tão brilhante” e por ter ajudado a que “a sociedade [SAD] crescesse, que fosse rentável e que garantisse o futuro”.

“Para muitos treinadores é complicado que a maior parte dos jogadores mais utilizados saiam no final da época, mas isso significa que renderam ao mais alto nível e, mais do que os egoísmos, sempre tive na ideia procurar o melhor para a gestão do FC Porto”, escreve ainda, a propósito da perda de futebolistas de uma época para a outra.

Depois de não ter conquistado qualquer título na sua primeira época, Lopetegui deixou o clube ‘azul e branco’ na terceira posição do campeonato, a quatro pontos do líder Sporting, qualificado para os quartos de final da Taça de Portugal e ainda presente na Taça da Liga. Nas competições europeuias, o FC Porto não passou aos oitavos de final da Liga dos Campeões e foi relegado para a Liga Europa.

“Recebemos, esta época, muitos jogadores novos, muitos deles jovens, que estão a crescer e a adquirir o ritmo competitivo que o clube requere”, acrescentou o treinador, justificando alguma fragilidade do plantel.

Acaba a destacar a “atitude exemplar” de todos os jogadores, à forma como se sentiu “em casa” na cidade e a desejar “toda a sorte do Mundo ao FC Porto”.