O investimento direto estrangeiro (IDE) na China subiu 5,6% em 2015, face ao ano anterior, para 126,3 mil milhões de dólares, à medida que o setor dos serviços se expandiu, contrariando o abrandamento da economia chinesa. Os números, revelados hoje pelo Ministério do Comércio chinês, supõem uma expansão três vezes superior à alcançada em 2014 – 1,7%.

O capital externo foi um elemento chave do trepidante crescimento da China nos últimos 30 anos – uma média anual de quase 10% – mas à medida que o país amadurece tornou-se também um importante emissor de investimento. Só em Portugal, por exemplo, a China ejetou mais de 10 mil milhões de euros desde 2012, mas os dados atualizados sobre o investimento chinês além-fronteiras só serão atualizados mais tarde, avançou o ministério.

As empresas chinesas que beneficiaram de IDE são responsáveis por quase metade do comércio externo do país e asseguram cerca de 14% dos empregos urbanos e 20% dos rendimentos fiscais.

“A qualidade do IDE continuou a melhorar e a sua estrutura industrial otimizou-se” afirmou o ministério em comunicado, referindo-se à expansão de 16% no setor dos serviços, em termos homólogos, para 77,2 mil milhões de dólares (70,6 mil milhões de euros).

A economia chinesa registou em 2014 o mais baixo crescimento dos últimos 25 anos, e em 2015 prevê-se uma desaceleração mais acentuada, à medida que Pequim enceta uma transição no modelo de crescimento do país, visando maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento.

Os dados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto chinês no ano passado serão publicados na próxima terça-feira.

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