Toc, toc, toc. Isto era o som dos ossos a bater na madeira, não vá esta lengalenga de Ramsey transformar-se num verdadeiro case study. Contexto: diz a maldição, a lenda, o acaso, o pouco rigor na leitura de estatísticas, e a criatividade também, que quando Aaron Ramsey marca um golo, uma celebridade morre. Crenças e exageros à parte, analisemos os últimos dois golos de Ramsey: Sunderland no dia 9 de janeiro, um dia antes da morte de David Bowie; Liverpool a 14 de janeiro, um dia depois desaparece Alan Rickman. Ó, diabo…

Se roça quase o mau gosto fazerem-se estas ligações sobrenaturais, o pobre Arsène Wenger poderá ver nisto um desincentivo ao médio para marcar golos. O jogador encolhe os ombros: já marcou cinco esta temporada, aumentando para 42 os golos pelo Arsenal. Curioso é que em cerca de 15 desses episódios alguém morreu (margem: três dias). Exemplos? Vamos a isso (fontes: El Universal e Sport):

02-05-2011: vs. Man. United — Osama Bin Laden foi morto neste dia
02-10-2011: vs. Tottenham — Steve Jobs morreu três dias depois
19-10-2011: vs. Marsella — Muammar Gaddafi foi morto um dia depois
11-02-2012: vs. Sunderland — Whitney Houston morreu neste dia
30-11-2013: vs.Cardiff — Paul Walker morreu no próprio dia
10-08-2014: vs. Man. City — Robin Williams morreu um dia depois
09-01-2016: vs. Sunderland — David Bowie morreu um dia depois
13-01-2016: vs. Liverpool — Alan Rickman morreu um dia depois

Este tipo de coincidência deu pano para mangas nas redes sociais e na imprensa internacional, e se não fosse tão trágico até teria piada. Aaron Ramsey é natural de Caerphilly, uma cidade pacata do País de Gales, com menos de 200 mil habitantes e um castelo imponente do século XIII. O rapaz é um médio com pedalada, com alguns problemas com lesões, mas cheio de talento. O galês, de 25 anos, chegou ao Arsenal em 2008. Agora que os gunners lutam pela Premier League como há muito não se via, há uma pergunta que se impõe: será que ele vai deixar de chutar à baliza?

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