Depois de uma cedência por parte do Governo grego ao permitir a entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI) como parte ativa em termos financeiros no terceiro resgate ao país, agora é o FMI que impõe algumas condições para isso acontecer.

Ou seja, se a Grécia já permite a entrada do FMI no resgate, a instituição responde que a ajuda financeira só chegará se houver uma garantia da União Europeia em relação a um substancial alívio da dívida grega: “Além de um pacote de políticas abrangentes, a Grécia também exige a redução da dívida pelos parceiros europeus”, afirmou o porta-voz do FMI Gerry Rice esta quinta-feira citado pelo Telegraph.

Ou seja, de acordo com o explicado por Rice, reformas e o alívio da dívida são “componentes críticos” para garantir o apoio do Fundo: “A conclusão das discussões connosco vai depender dos progressos nestas duas frentes”.

Estas exigências, nomeadamente com a insistência do FMI sobre cortes mais profundos nas pensões, têm sido um dos pontos de maior discórdia entre as duas partes. Mas, esta quinta-feira, a instituição liderada por Christine Lagarde voltou a afirmar que os gastos gregos nas pensões são “insustentáveis” e teriam que ser reduzidos para atingir as “ambiciosas metas orçamentais”.

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Também o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, reagiu aos novos desenvolvimentos destacando a importância do envolvimento do FMI: “A confirmação das autoridades gregas da participação do FMI é indispensável como um elemento-chave do acordo alcançado no último verão”.