O novo presidente do governo da Catalunha disse esta quinta-feira, em entrevista à TV-3, que com a atual “composição parlamentar” não é possível proclamar a independência, conta o El País. E foi taxativo: “Não faremos uma declaração unilateral da independência. Não está prevista no programa”, disse Carles Puigdemont.

Algo que, no entanto, não significa que não estejam em condições para colocar em marcha o que se votou a 10 de novembro, quando 72 votos (contra 63) decidiram a resolução que proclama o início do processo rumo à independência. “Temos força e legitimidade democrática para iniciar esse trajeto e não admito que se discuta isto”, defendeu. No domingo, no dia da tomada de posse, lembra o diário espanhol, Puigdemont afirmou que a Catalunha está “entre a pós-autonomia e a pré-independência”.

O presidente do governo catalão referiu ainda que não haverá hipóteses de uma reforma do Estado, sentimento que se acentua ao sentir-se isolado, pois ninguém — rei, Mariano Rajoy e nenhum outro líder de grandes partidos — lhe ligou para o felicitar. “Nem que seja apenas por cortesia e porque sou o representante do Estado da Catalunha”, disse.

O programa de Puigdemont será conhecido dia 20, quarta-feira, numa sessão no Parlamento.

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