O Irão vai continuar a tentar munir-se de uma arma nuclear, acusou este sábado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após a entrada em vigor do acordo nuclear histórico, assinado pelas grandes potências e por Teerão.

“Mesmo após ter assinado o acordo nuclear, o Irão não abandonou as suas ambições de se dotar de armas nucleares e continua a desestabilizar o Médio Oriente, ao violar os seus compromissos internacionais”, indicou Netanyahu, em comunicado, advertindo que Israel vai “vigiar a aplicação do acordo”.

Numa reação quase simultânea, mas em sentido contrário, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, referiu que o acordo que foi confirmado este sábado constitui “um sucesso histórico da diplomacia”.

“Hoje, podemos falar verdadeiramente de um sucesso histórico da diplomacia”, declarou Steinmeier, evocando, a título “pessoal”, um “grande momento”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também exprimiu satisfação pela entrada em vigor do acordo, ao referir-se em comunicado a uma “etapa decisiva que reflete o esforço desempenhado de boa-fé por todas as partes para cumprir os compromissos acordados”.