A Ordem dos Farmacêuticas vai entregar, na Procuradoria-Geral da República (PGR), uma queixa-crime por difamação contra a empresa que comercializa o suplemento alimentar Calcitrin, informou hoje a instituição. Em causa estão declarações prestadas na quinta-feira à comunicação social pela empresa que comercializa aquele suplemento alimentar e que, segundo a Ordem dos Farmacêuticos, “levanta suspeitas sobre os motivos que levaram” a estrutura representativa do setor a pedir nos tribunais a suspensão dos “anúncios publicitários do produto Calcitrin MD Rapid”, refere a instituição, em comunicado.

Na quinta-feira, a empresa que comercializa aquele suplemento alimentar questionou a Ordem dos Farmacêuticos sobre a “guerra” que abriu contra o produto e lançou suspeitas sobre a intenção da estrutura corporativa em prejudicar o desempenho comercial da marca para beneficiar outras. Na base das suspeitas estava o facto de a Ordem dos Farmacêuticos defender e recomendar os suplementos de cálcio, mas protagonizar uma guerra “injusta e injustificável” especificamente contra o Calcitrin, um suplemento que é líder de mercado e não é vendido nas farmácias.

Em comunicado, a empresa Viva Melhor disse que a “guerra pública” que o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) desencadeou em dezembro contra o suplemento alimentar “tem tanto de estranha como de suspeita razão de ser”. Para sustentar as dúvidas, a Viva Melhor alega que, de entre os vários suplementos alimentares comercializados, há mais de uma dezena de marcas a anunciarem produtos que suplementam cálcio e que no dia em que o bastonário se queixou do anúncio do Calcitrin “havia pelo menos mais três marcas a publicitarem produtos concorrentes na imprensa e na televisão”.

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