As insolvências de empresas aumentaram 7,6% em 2015, face ao ano anterior, abrangendo 7.288 empresas, revelou a empresa de gestão de risco IGNIOS, que atribui este crescimento ao colapso do sistema informático Citius.

“Retirando o efeito da quebra processual do Citius registada em 2014, este indicador [das insolvências] ter-se-ia mantido estável entre 2014 e 2015”, conclui a empresa, com base em dados do seu ‘Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições’ de dezembro último.

Para o presidente executivo da IGNIOS, António Monteiro, “esta situação acabou por resultar numa quebra artificial das insolvências em 2014”, uma vez que sem o efeito do Citius “no total do ano 2015 haveria uma estagnação” do indicador de insolvências de empresas.

Em 2015, a IGNIOS contabiliza um total de 7.288 empresas insolventes, acima das 6.773 empresas insolventes registadas em 2014, sendo a maioria dos distritos de Lisboa (22,9% do total), Porto (20,4%) e Braga (12,4%), e dos setores de atividade da construção (17,5%l) e do comércio a retalho (15,8%) e por grosso (11,6%).

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A base de dados da IGNIOS contabiliza a constituição de 37.419 novas empresas em Portugal, no ano passado a um ritmo médio diário de 102 novas empresas, o que revela um aumento de 6,1% face a 2014.

António Monteiro considera este aumento “muito positivo”, por ser “uma prova da recuperação da economia” e um “reflexo do aumento da confiança” das pessoas.

A maioria das novas empresas constituídas no ano passado é dos distritos de Lisboa (29,2% do total de constituições) e Porto (18,6%), e dos setores de atividade comércio do retalho (11,8%) e hotelaria e restauração (11,5%).