A Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC) disse à agência Lusa que o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha vai estar encerrado “durante meses” devido às cheias que ocorreram em Coimbra no dia 12.
O mosteiro “vai ter de levar obras de recuperação e restauro”, sendo expectável que esteja “meses” fechado a visitas, disse a diretora da DRCC, Celeste Amaro.
Uma semana depois das cheias, o mosteiro ainda se encontra parcialmente submerso, mas a profundidade da água neste monumento nacional “já baixou 1,5 metros” devido ao uso de bombas próprias para retirar água, referiu.
A partir de hoje e possivelmente até ao final da semana, uma bomba dos bombeiros “vai dragar a água para o rio Mondego”, entre as 10:00 e as 17:00, num trabalho que conta com o acompanhamento de uma equipa técnica da DRCC, afirmou Celeste Amaro, esperando que seja possível entrar no Mosteiro “até ao final da semana”.
O recurso aos bombeiros só agora foi possível, porque apenas no domingo “o fluxo do Mondego normalizou”, explanou.
Apesar de o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha continuar fechado, o seu centro interpretativo vai abrir na terça-feira.
Quanto ao impacto das cheias, Celeste Amaro explanou que só após a retirada das águas do mosteiro será possível “contabilizar os reais prejuízos”, continuando a ter a intenção de enviar o relatório dos danos provocados à EDP, concessionária da Barragem da Aguieira.
“Esperemos que o mosteiro não esteja muito tempo fechado”. Ainda por cima, sendo 2016 o ano de “comemorações dos 700 anos” do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, reaberto em 2009, depois de uma intervenção que custou cerca de 16 milhões – 6 milhões dos quais no sistema de contenção de águas.
As águas “passaram essa cortina”, vincou a responsável, no dia 12.
Desde 2009, ano de reabertura do monumento a visitantes, “que não tinha existido nada disto”, contou a diretora da DRCC, afirmando não acreditar que, em pleno século XXI, as cheias “não tenham sido erro de alguém”.