Morreu o realizador italiano Ettore Scola. Tinha 84 anos e estava em coma desde domingo passado. O cineasta, que era o último de uma linhagem da cinematografia clássica italiana, foi o autor da obra icónica Feios, Porcos e Maus, de 1976, mas também de outros títulos famosos, como Um Dia Inesquecível (1977) A Família (1987) e Tão Amigos Que Nós Éramos (1974).

Scola nasceu em 1931 na região italiana de Campania e cedo começou a escrever para a revista humorística Marc’Aurelio, onde conheceu Federico Fellini, um dos cineastas maiores dos anos de ouro do cinema italiano e a quem Scola dedicou o seu último filme, Que Estranho Chamar-se Federico. Esta película estreou em Portugal na última Festa do Cinema Italiano, em abril passado.

Começou a escrever guiões na década de 1950 e foi aí que se começou por notabilizar. Aliás, Ettore Scola realizou metade do número dos filmes que escreveu. A primeira experiência atrás das câmaras deu-se em 1964, com Se permettete parliamo di donne, filme em que trabalhou pela primeira vez com um dos atores com quem mais colaboraria, Marcello Mastroianni. O ator seria mais tarde nomeado para um Óscar pela atuação em Um Dia Inesquecível, em que Scola trabalhou igualmente com Sophia Loren.

Scola foi considerado o melhor realizador do Festival de Cannes de 1976 pelo filme Feios, Porcos e Maus, conquistou três Césares e dezenas de outros prémios em festivais internacionais.

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