Existem alguns avanços na ciência, particularmente na medicina, que fazem a humanidade evoluir mas que não se livram da controvérsia. A experiência do Professor italiano Sergio Canavero, diretor do Grupo de Neuromodulação Avançada de Turim e da sua equipa da Universidade de Medicina na China, é um desses exemplos.

Estes cientistas alegam ter conduzido com sucesso o primeiro transplante de cabeça. A cirurgia foi efetuada num macaco e a equipa prevê que o procedimento possa ser feito em humanos já no fim do próximo ano, conta o Telegraph.

O Professor Canavero publicou inclusivamente fotografias do pós-operatório onde aparece o macaco que foi, alegadamente, receptor do transplante.

transplante de cabeça macaco

Surgery/Ren/HEAVEN-AHBR

De acordo com o que conta Canavero, a equipa de cirurgia liderada por Xiaoping Ren fez as ligações sanguíneas primeiro para provar que o animal podia sobreviver sem sofrer lesões cerebrais. No entanto não se tentou juntar a espinal medula, por isso, se o animal sobrevivesse ficaria completamente paralisado. Canavero informou que o animal sobreviveu sem lesões cerebrais mas a equipa só o manteve vivo durante 20 horas depois da operação por razões éticas.

A experiência vem publicada no jornal “Surgery and CNS Neuroscience and Therapeutics” e aí alega-se que a tecnologia de fusão da espinha desenvolvida pelo professor italiano “tem uma forte racionabilidade” e que funciona em ratos permitindo-lhes recuperar a função motora.

Um comunicado publicado na sequência da cirurgia revelou que “os primeiros estudos em cadávares humanos já começaram na China e vão ser expandidos brevemente”. Para além disso diz-se que “o plano para o primeiro transplante de cabeça em humanos está marcado, em função da expectativa da sua data de realização: Natal de 2017”.

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