As transferências de jogadores de futebol atingiram em 2015 um valor de 4,18 mil milhões de dólares (cerca de 3,83 mil milhões de euros), uma cifra recorde com forte contributo da Inglaterra revelada hoje pela FIFA.

O relatório anual sobre o mercado de transferências, elaborado pela FIFA TMS, filial do organismo máximo do futebol, mostra que após o forte crescimento de 1,26 mil milhões de dólares (1,15 mil milhões de euros) registado entre 2012 e 2013, o investimento aumentou de forma regular entre 2013 e 2014 (2,1%) e de 2014 para 2015 (3,1%), atingindo o maior valor de sempre, num total de 13.558 mudanças, contra as 13.156 de 2014.

Seguindo a tendência de 2014, os clubes ingleses foram os mais gastadores, com um investimento de 1,26 mil milhões de dólares (1,17 mil milhões de euros), o que significa um aumento de 8% em relação ao ano anterior e uma despesa duas vezes maior do que a do segundo maior gastador, a Espanha, que pagou 602 milhões de dólares (552 milhões de euros).

Ao mesmo tempo, os clubes ingleses foram também quem mais ganhou com transferências, registando um encaixe de 529 milhões de dólares (488,9 milhões de euros), um valor estável relativamente a 2014. Com este valor, ultrapassaram os emblemas espanhóis, cujas vendas caíram 44,4%, fixando-se em 370,9 milhões de euros.

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A FIFA TMS destaca também uma nova ordem, que se vem intensificando desde 2011: a confederação asiática investiu 321 milhões de dólares (294 milhões de euros) em 2015, ou seja, três vezes mais do que os clubes da Conmebol (América do Sul), cujos investimentos desceram aos 98 milhões de dólares (89 milhões de euros).

Uma das explicações encontradas é a diminuição das receitas no Brasil, por fatores extrafutebol: “dois dos países que recrutam mais jovens jogadores brasileiros, a Ucrânia e a Rússia, sofreram com a guerra e a recessão”, alega a FIFA TMS.

Em 2013, o valor total dos jogadores recrutados no Brasil por clubes russos e ucranianos foi de 122,1 milhões de dólares (111,9 milhões de euros). Em 2015, foi de apenas 2,5 milhões de dólares (2,29 milhões de euros).

Por outro lado, há outros mercados a emergir. O investimento chinês cresceu 65,4% entre 2014 e 2015, para 168,3 milhões de dólares (154,3 milhões de euros), e os Emirados Árabes Unidos gastaram 90,1 milhões de dólares (82,6 milhões de euros), o que representa um aumento de 80,6% face ao ano anterior.