A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou, em Brasília, que está “estarrecia” com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o cenário económico do país.

“Estou estarrecida com o relatório do FMI, a gente sabe que o fundo fala muita coisa”, afirmou Dilma Rousseff durante uma reunião do Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que faz parte da base de apoio do governo no Congresso.

O FMI divulgou na terça-feira um relatório com previsões para a economia global em que aumentou de 1% para 3,5%, a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016. O fundo também indicou que o país terá crescimento zero em 2017.

Avaliando fatores relevantes no atual cenário, que explicariam as dificuldades da economia mundial, o FMI destacou que os principais seriam a diminuição do crescimento da China, a instabilidade no Oriente Médio e a continuidade da situação crítica no Brasil.

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“Ao que ele [FMI] atribuía a situação crítica do Brasil? Não era da economia, eram duas coisas. Instabilidade política e o fato de as investigações quanto à Petrobras terem prazo de duração maior e mais profundo do que eles esperavam”, disse hoje Dilma Rousseff.

A presidente brasileira fez questão de dizer que os investimentos voltarão e que o país vai se estabilizar politicamente.

“Em democracia, é absolutamente normal que a oposição e qualquer um critiquem e se manifestem. Não podemos aceitar que as questões essenciais para o país não sejam objeto de uma ação conjunta visando a garantir que nós voltemos a gerar empregos e renda”, destacou.