A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu este sábado uma “ação intensiva” contra o anti-semitismo, apelando particularmente à vigilância sobre os jovens oriundos de países onde “o ódio contra Israel e o anti-semitismo estão generalizados”.

“O anti-semitismo está mais generalizado do que se imagina. E é por isso que temos de agir de forma intensiva contra isso”, disse Merkel no seu vídeo semanal, a dois dias da inauguração de uma exposição em Berlim sobre “a arte do Holocausto”.

A chanceler pediu para que “sejam levadas a sério” as questões levantadas final de novembro pelo presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Josef Schuster, preocupado com o facto de muitos pedidos de asilo virem de “culturas onde estão solidamente instalados o ódio contra os judeus e a intolerância”.

Alemanha acolheu em 2015 cerca de 1,1 milhões de pessoas pedindo asilo, muitas delas fugindo da guerra e perseguição na Síria, no Iraque ou no Afeganistão.

“Temos de ter cuidado, especificamente também com os jovens originários de países onde o ódio por Israel e os judeus está generalizado”, insistiu, sem mencionar países ou evocar os requerentes de asilo.

“Observamos em algumas escolas e em alguns locais, que jovens se reúnem em manifestações (de antissemitismo), contra as quais todos os adultos têm de agir”, disse, sublinhando ainda que se deve “encorajar os alunos que não pensam dessa forma e capacitá-los para que deixem claro que tal não deve ser assim”.

“Nós podemos tentar argumentar novo e de novo, mas isto deve ser claro: [o anti-semitismo] não tem lugar na nossa sociedade (…), é preciso simplesmente colocar limites claros”, disse.

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