Várias centenas de manifestantes desfilaram hoje no nordeste da Grécia contra a cerca erguida na fronteira terrestre greco-turca, reclamando a abertura de passagens seguras para os migrantes.

O protesto acontece dois dias após o afogamento de pelo menos 45 refugiados no mar Egeu.

Respondendo ao apelo de organizações de esquerda, os manifestantes, entre os quais ativistas turcos, agitaram bandeiras em que podia ler-se, em grego, turco e inglês “Abram as fronteiras, Chega de mortes no Egeu!”.

Partiram da cidade de Kastanies, alguns envergando um colete salva-vidas, transformado em símbolo do êxodo no mar Egeu, e foram parados pela polícia a várias centenas de metros da cerca, situada numa zona militarizada de acesso restrito.

Um grupo de emigrantes paquistaneses empunhava uma bandeira com uma fotografia do pequeno sírio Aylan, jazendo morto numa praia turca, recordando uma das vítimas de naufrágio que emocionou a comunidade internacional em setembro.

A seguir, dezenas de outros “Aylan” pereceram em circunstâncias semelhantes no mar Egeu, dos quais pelo menos só 20 na sexta-feira, em três naufrágios entre a Turquia e as ilhas gregas.

Outro grupo de manifestantes foi bloqueado pelas autoridades turcas no posto fronteiriço de Kypoi, onde chegou de carro.

Esta manifestação foi a segunda do género desde outubro.

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