O comissário europeu para a Ciência, Carlos Moedas, quer que Portugal aumente a participação no programa Horizonte 2020, “sobretudo na área empresarial”, esperando que o país ultrapasse a verba de 522 milhões de euros, recebida no programa-quadro anterior.

“Espero que Portugal consiga aumentar a sua participação [no programa Horizonte 2020],sobretudo na área empresarial onde ainda tem muito para avançar”, disse à Lusa o comissário europeu português, que tem a pasta da Investigação, Ciência e Inovação.

Carlos Moedas, que hoje apresentou a avaliação do 7.º Programa-Quadro da União Europeia de financiamento para a investigação (2004-2013), salientou que a primeira grande lição tirada é a de que “temos de abrir o programa a mais entidades, a mais empresas, fazer com que aqueles que nunca participaram possam participar”.

Outra nota para o Horizonte 2020, que substitui o 7.º Programa-Quadro e termina em 2020, é a aposta na melhor análise dos dados, mostrando, por exemplo, que “o programa está a criar emprego, está a fazer com que a Europa tenha um crescimento superior e é realmente o futuro”.

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Neste sentido, Moedas salientou a avaliação feita ao projeto Eurostars, destinado a pequenas e médias empresas, que demonstrou que “as empresas que têm mais financiamento do programa criam mais postos de trabalho, é a ciência a criar postos de trabalho.

O novo programa de financiamento da Investigação, acrescentou também, “aposta na ligação entre o mundo físico e o digital, em que a ciência e a inovação vão estar mais baseadas na parte digital”.

“A digitalização da economia e das profissões tem que ser tida em conta no próximo programa-quadro”, referiu.

“Temos todas as profissões a mudar na área mais digital, os médicos, os cientistas, os professores estão mais digitais.

O 7.º Programa-Quadro teve um orçamento de 55 mil milhões de euros, tendo Portugalk recebido 522 milhões.