Um carro armadilhado explodiu esta quinta-feira em frente ao palácio presidencial na cidade de Aden, no sul do Iémen, e provocou a morte a pelo menos sete pessoas, noticia a Alzeera. Entre os mortos estão soldados e outras 15 pessoas deverão ter ficado feridas na explosão, segundo declarações de Shalal Shaei, chefe da polícia local à estação de televisão.

O atentado foi reivindicado por uma filial do autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) e vários membros do grupo postaram na rede social Twitter uma declaração onde identificavam Abu Hanifa al-Hollandi (um apelido que remete para uma possível origem holandesa), como o responsável do ataque. Esta a informação ainda não foi confirmada e a verdadeira identidade do atacante não é conhecida.

O presidente do Iémen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, e o primeiro-ministro, Khaled Bahah, estavam dentro do palácio no momento da explosão, mas não foram atingidos pela bomba que deflagrou a cerca de um quilómetro do palácio presidencial, segundo informações dadas por funcionários aos meios de comunicação sob anonimato.

O chefe de governo foi forçado a abandonar o poder em 2015 pelos rebeldes Houthi e abandonou Sana, a capital do país. Depois de passar vários meses no exílio, na Arábia Saudita, Hadi regressou ao Iémen mas decidiu passar a residir em Aden, uma cidade que tinha sido libertada dos rebeldes Houthis, refere o New York Times.

O governo iemenita, apoiado por uma coalição militar liderada pelos sauditas, tem tentado manter o controlo da cidade de Aden e outras zonas do sul do Iémen. A guerra e os sucessivos atentados continuam a devastar o país mais pobre do Médio Oriente que sofre, há muito tempo, de uma das mais altas taxas de desnutrição no mundo, referem as Nações Unidas.

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